DE, DO(S),
DA(S) (no título dos romances) = sobre, a respeito de II bateia = peneira de madeira redrado = selecionado XVI próprio =
mensageiro XIX flibusteiro
= pirata, quem rouba XX diáfano =
translúcido arroio =
pequeno curso d’água XXI almocafre
= enxada para mineração gamela =
tigela sezão =
febre XXIII mazombo =
brasileiro filho de portugueses XXIV reinol =
do reino arenga = discurso,
oração XXV propínquo
= próximo alfaia =
enfeite, decoração da casa XXVII alferes =
cargo político, tenente almocreve
= quem conduz animal de carga rosilho =
burro XXX enxovia =
calabouço, porão XXXII pilata =
ruína XXXIII deslindar
= compreender XXXV funesto =
mortal XXXVII comenda =
favor, distinção urupema =
palha XXXVIII embuçado =
mascarado XXXIX com brocardos
= de maneira rebuscada, difícil XL denodo =
ousadia XLIV tenaz =
pinça XLV choça =
casebre, cabana XLVI sanha dos
potentados = fúria dos poderosos XLVII véstia =
casaco de couro FALA AOS PUSILÂNIMES pusilânime
= covarde candeia =
lamparina XLVIII chuço =
lança XLIX de borco
= virado para baixo atilho =
pano que prende LI cadafalso
= palanque de enforcamento LII baraço e
pregão = corda e mandado LII perfídia =
deslealdade LIV nimbo =
nuvem cinzenta zagal =
pastor poial =
pedra na soleira (entrada da porta) LV austero =
severo, rigoroso LVI propalar =
divulgar sanha =
fúria LVII embargo =
recurso jurídico temerário
= risco LVIII clerezia =
clero |
LIX palude = brejo, pântano LX baraço = corda potentado = rico cadafalso = palanque de enforcamento LXIII dobla =
moeda LXIV crisólito
= dourado aleive =
calúnia, mentira sem jaça
= imperfeito CENÁRIO antípoda =
oposição adeja =
bater de asas degredo =
exílio vaga =
ausente, carente véstia =
casaco inerme =
indefeso LXV impar =
solução desvelo =
cuidado porfiar =
lutar LXVI degredo =
exílio monção =
tempo favorável ventura =
sorte arção =
varredura miasma =
sufoco, mal-estar LXVII esbraseado
= em brasa LXVIII embuçado =
coberto arrebol =
crepúsculo bulha =
barulho malsinado
= condenado escuma =
espuma alheta =
frente do barco blasonar =
agir com orgulho broslar =
contornar lavor =
trabalho esvaído =
desfalecido LXIX ermo = distante LXX pejo =
obstáculo LXXI tisso =
tecido leve LXXIII pungir =
ferir LXXIV escumar =
esperar perto FALA À COMARCA DO RIO DAS MORTES bravata =
ameaça catre =
cama gupiara =
cascalho LXXV prosápia =
vaidade engaste =
parte da joia em que se fixa a pedra LXXVII solfa =
partitura LXXX campa =
sineta RETRATO DE MARÍLIA EM ANTÔNIO DIAS réquiem =
prece aos mortos miserere =
pedido de piedade, súplica memento =
recordação LXXXI rutilante
= luzente, brilhante LXXXII fortuna =
sorte lacaio =
criado camarista
= quem vai à câmara ridente =
alegre, que ri serenim =
sarau, serenata LXXXIV furriel =
militar xisto =
pedra lapa =
gruta FALA AOS INCONFIDENTES MORTOS contrito =
arrependido torrente = corrente |
PARTE 1 – Ambiente e Contexto (romances do I – XXIII)
Começando pelo texto “Fala inicial”, o narrador assume a
primeira pessoa para comunicar sua revolta. Esse primeiro “capítulo” é um
rearranjo da realidade histórica para se encaixar na narrativa.
Com esse objetivo, Cecília lança mão de várias narrativas
populares. O primeiro cenário trabalhado é a febre do ouro e a crescente luta
dos colonos contra as leis abusivas impostas pelos colonizadores. Ela também
trata os temas de escravidão e contrabando.
Daí surgem personagens lendários como Chico-Rei, um negro que
enriqueceu e se dedicou a comprar a liberdade de semelhantes e Chica da Silva,
namorada de um rico minerador. A primeira parte do livro termina com o
nascimento de Tiradentes (1746).
PARTE 2 – Articulação e fracasso (romances do XXIV – XLVII)
A partir daqui, Cecília foca mais na ação dos colonos contra
os colonizadores. Ela começa retratando Vila Rica (atual Ouro Preto). Cecília
não perde a oportunidade de falar dos poetas árcades e do surgimento do
espírito de rebelião.
Romanceiro da Inconfidência traz o surgimento de Tiradentes e
de seu futuro traidor Joaquim Silvério dos Reis. Tudo é contado de forma bem
romantizada enquanto a autora narra a respeito das ideais liberais que agitavam
a população.
Essa segunda parte acaba com a carta-denúncia de Joaquim
Silvério que leva os principais envolvidos na rebelião a serem presos.
PARTE 3 – Morte de Cláudio e Tiradentes (romances do XLVIII –
LXIV)
Nesta parte, a revolução é descoberta e começa a ser
sufocada. O poeta árcade Tomás Antônio Gonzaga é exilado para a África e
separado de sua companheira Maria Joaquina. Os dois usavam os pseudônimos de
Dirceu e Marília.
Outro poeta que encontrou seu fim foi Cláudio Manuel da Costa
de uma forma um tanto misteriosa que abre prerrogativas para reflexões de
Cecília. O “capítulo” se encerra com Tiradentes caminhando para a forca.
PARTE 4 – A infelicidade de Gonzaga e Alvarenga Peixoto
(romances do LXV – LXXX)
Esse “capítulo” retrata o exílio de Gonzaga. São abordados os
poemas que ele escreveu, suas divagações e a saudade que ele sente de Marília.
Ele também se sente dividido ao se sentir atraído por uma
moça de Moçambique chamada Juliana de Mascarenhas.
PARTE 5 – Conclusão de D. Maria I (romances do LXXXI – LXXXV
+ “Fala aos Inconfidentes Mortos”)
A menor parte do livro encerra o Romanceiro da Inconfidência
com poemas de lamento e dor pelo fracasso da revolução.
D. Maria I é trazida de volta vinte anos mais tarde. Cecília
trata da loucura da mulher e aborda que ela sofreu o mesmo que fez aos
apoiadores da inconfidência. No fim, seus remorsos levaram-na à morte.
Cecília Meireles termina sua principal obra com uma homenagem
aos rebeldes chamada “Fala aos Inconfidentes Mortos”.