23 setembro 2023

ROMANCEIRO DA INCONFIDÊNCIA: VOCABULÁRIO & DIVISÃO

 

 

DE, DO(S), DA(S) (no título dos romances) = sobre, a respeito de

II

bateia = peneira de madeira

redrado = selecionado

XVI

próprio = mensageiro

XIX

flibusteiro = pirata, quem rouba

XX

diáfano = translúcido

arroio = pequeno curso d’água

XXI

almocafre = enxada para mineração

gamela = tigela

sezão = febre

XXIII

mazombo = brasileiro filho de portugueses

XXIV

reinol = do reino

arenga = discurso, oração

XXV

propínquo = próximo

alfaia = enfeite, decoração da casa

XXVII

alferes = cargo político, tenente

almocreve = quem conduz animal de carga

rosilho = burro

XXX

enxovia = calabouço, porão

XXXII

pilata = ruína

XXXIII

deslindar = compreender

XXXV

funesto = mortal

XXXVII

comenda = favor, distinção

urupema = palha

XXXVIII

embuçado = mascarado

XXXIX

com brocardos = de maneira rebuscada, difícil

XL

denodo = ousadia

XLIV

tenaz = pinça

XLV

choça = casebre, cabana

XLVI

sanha dos potentados = fúria dos poderosos

XLVII

véstia = casaco de couro

FALA AOS PUSILÂNIMES

pusilânime = covarde

candeia = lamparina

XLVIII

chuço = lança

XLIX

de borco = virado para baixo

atilho = pano que prende

LI

cadafalso = palanque de enforcamento

LII

baraço e pregão = corda e mandado

LII

perfídia = deslealdade

LIV

nimbo = nuvem cinzenta

zagal = pastor

poial = pedra na soleira (entrada da porta)

LV

austero = severo, rigoroso

LVI

propalar = divulgar

sanha = fúria

LVII

embargo = recurso jurídico

temerário = risco

LVIII

clerezia = clero


LIX

palude = brejo, pântano

LX

baraço = corda

potentado = rico

cadafalso = palanque de enforcamento

LXIII

dobla = moeda

LXIV

crisólito = dourado

aleive = calúnia, mentira

sem jaça = imperfeito

CENÁRIO

antípoda = oposição

adeja = bater de asas

degredo = exílio

vaga = ausente, carente

véstia = casaco

inerme = indefeso

LXV

impar = solução

desvelo = cuidado

porfiar = lutar

LXVI

degredo = exílio

monção = tempo favorável

ventura = sorte

arção = varredura

miasma = sufoco, mal-estar

LXVII

esbraseado = em brasa

LXVIII

embuçado = coberto

arrebol = crepúsculo

bulha = barulho

malsinado = condenado

escuma = espuma

alheta = frente do barco

blasonar = agir com orgulho

broslar = contornar

lavor = trabalho

esvaído = desfalecido

LXIX

ermo = distante

LXX

pejo = obstáculo

LXXI

tisso = tecido leve

LXXIII

pungir = ferir

LXXIV

escumar = esperar perto

FALA À COMARCA DO RIO DAS MORTES

bravata = ameaça

catre = cama

gupiara = cascalho

LXXV

prosápia = vaidade

engaste = parte da joia em que se fixa a pedra

LXXVII

solfa = partitura

LXXX

campa = sineta

RETRATO DE MARÍLIA EM ANTÔNIO DIAS

réquiem = prece aos mortos

miserere = pedido de piedade, súplica

memento = recordação

LXXXI

rutilante = luzente, brilhante

LXXXII

fortuna = sorte

lacaio = criado

camarista = quem vai à câmara

ridente = alegre, que ri

serenim = sarau, serenata

LXXXIV

furriel = militar

xisto = pedra

lapa = gruta

FALA AOS INCONFIDENTES MORTOS

contrito = arrependido

torrente = corrente

 




PARTE 1 – Ambiente e Contexto (romances do I – XXIII)

Começando pelo texto “Fala inicial”, o narrador assume a primeira pessoa para comunicar sua revolta. Esse primeiro “capítulo” é um rearranjo da realidade histórica para se encaixar na narrativa.

Com esse objetivo, Cecília lança mão de várias narrativas populares. O primeiro cenário trabalhado é a febre do ouro e a crescente luta dos colonos contra as leis abusivas impostas pelos colonizadores. Ela também trata os temas de escravidão e contrabando.

Daí surgem personagens lendários como Chico-Rei, um negro que enriqueceu e se dedicou a comprar a liberdade de semelhantes e Chica da Silva, namorada de um rico minerador. A primeira parte do livro termina com o nascimento de Tiradentes (1746).     

 

PARTE 2 – Articulação e fracasso (romances do XXIV – XLVII)

A partir daqui, Cecília foca mais na ação dos colonos contra os colonizadores. Ela começa retratando Vila Rica (atual Ouro Preto). Cecília não perde a oportunidade de falar dos poetas árcades e do surgimento do espírito de rebelião.

Romanceiro da Inconfidência traz o surgimento de Tiradentes e de seu futuro traidor Joaquim Silvério dos Reis. Tudo é contado de forma bem romantizada enquanto a autora narra a respeito das ideais liberais que agitavam a população.

Essa segunda parte acaba com a carta-denúncia de Joaquim Silvério que leva os principais envolvidos na rebelião a serem presos.

 

PARTE 3 – Morte de Cláudio e Tiradentes (romances do XLVIII – LXIV)

Nesta parte, a revolução é descoberta e começa a ser sufocada. O poeta árcade Tomás Antônio Gonzaga é exilado para a África e separado de sua companheira Maria Joaquina. Os dois usavam os pseudônimos de Dirceu e Marília.

Outro poeta que encontrou seu fim foi Cláudio Manuel da Costa de uma forma um tanto misteriosa que abre prerrogativas para reflexões de Cecília. O “capítulo” se encerra com Tiradentes caminhando para a forca.  

 

PARTE 4 – A infelicidade de Gonzaga e Alvarenga Peixoto (romances do LXV – LXXX)

Esse “capítulo” retrata o exílio de Gonzaga. São abordados os poemas que ele escreveu, suas divagações e a saudade que ele sente de Marília.

Ele também se sente dividido ao se sentir atraído por uma moça de Moçambique chamada Juliana de Mascarenhas. 

 

PARTE 5 – Conclusão de D. Maria I (romances do LXXXI – LXXXV + “Fala aos Inconfidentes Mortos”)

A menor parte do livro encerra o Romanceiro da Inconfidência com poemas de lamento e dor pelo fracasso da revolução.

D. Maria I é trazida de volta vinte anos mais tarde. Cecília trata da loucura da mulher e aborda que ela sofreu o mesmo que fez aos apoiadores da inconfidência. No fim, seus remorsos levaram-na à morte.

Cecília Meireles termina sua principal obra com uma homenagem aos rebeldes chamada “Fala aos Inconfidentes Mortos”.





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