19 junho 2023

AVALIAÇÃO BIMESTRAL 2 - 1ª SÉRIE 2023

QUESTÃO 01

TEXTO I

Criatividade em publicidade: teorias e reflexões

Resumo: O presente artigo aborda uma questão primordial na publicidade: a criatividade. Apesar de aclamada pelos departamentos de criação das agências, devemos ter a consciência de que nem todo anúncio é, de fato, criativo. A partir do resgate teórico, no qual os conceitos são tratados à luz da publicidade, busca-se estabelecer a compreensão dos temas. Para elucidar tais questões, é analisada uma campanha impressa da marca XXXX. As reflexões apontam que a publicidade criativa é essencialmente simples e apresenta uma releitura do cotidiano.

DEPEXE, S. D. Travessias: Pesquisas em Educação. Cultura, Linguagem e Artes, n. 2, 2008.

TEXTO II

 


Os dois textos apresentados versam sobre o tema criatividade. O Texto I é um resumo de caráter científico e o Texto II, uma homenagem promovida por um site de publicidade. De que maneira o Texto II exemplifica o conceito de criatividade em publicidade apresentado no Texto l?

a) Fazendo menção ao difícil trabalho das mães em criar seus filhos.

b) Promovendo uma leitura simplista do papel materno em seu trabalho de criar os filhos.

c) Explorando a polissemia do termo “criação”.

d) Recorrendo a uma estrutura linguística simples.

e) Utilizando recursos gráficos diversificados.

 

QUESTÃO 02

O Firmo, o vaqueiro

No dia seguinte, à hora em que saía o gado, estava eu debruçado à varanda quando vi o cafuzo que preparava o animal viajeiro:

– Raimundinho, como vai ele?…

De longe apontou a palhoça.

– Sim.

O braço caiu-lhe, olhou-me algum tempo comovido; depois, saltando para o animal, levou o polegar à boca fazendo estalar a unha nos dentes: “Às quatro da manhã…

Atirei um verso e disse, para bulir com ele: Pega, velho! Não respondeu. Tio Firmo, mesmo velho e doente, não era homem para deixar um verso no chão… Fui ver, coitado!… estava morto. E deu de esporas para que eu não lhe visse as lágrimas.

NETTO, C. In: MARCHEZAN, L. G. (Org.). O conto regionalista. São Paulo: Martins Fontes, 2009.

 

A passagem registra um momento em que a expressividade lírica é reforçada pela

a) plasticidade da imagem do rebanho reunido.

b) sugestão da firmeza do sertanejo ao arrear o cavalo.

c) situação de pobreza encontrada nos sertões brasileiros.

d) afetividade demonstrada ao noticiar a morte do cantador.

e) preocupação do vaqueiro em demostrar sua virilidade.

 

QUESTÃO 03

Anvisa suspende venda de produto que provoca intoxicação ocular

Agência diz que empresa não está regularizada para fabricar o produto 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a comercialização da pomada Cassu Braids, devido a relatos de ocorrências de danos aos olhos de usuários, no Rio de Janeiro. O produto é usado para modelar e trançar cabelos.

Segundo a Anvisa, consumidores relataram irritação ocular, pálpebras inchadas, dor nos olhos e dificuldade de enxergar ao lavarem o cabelo, depois de aplicação do produto. [...]

Outro motivo para a suspensão, de acordo com a Anvisa, é o fato de a empresa não estar devidamente regularizada para fabricar esse tipo de produto.

“É importante ressaltar que consta no rótulo do produto a orientação de evitar contato com os olhos e mucosas, bem como a orientação de retirar a pomada do cabelo antes de ir a lugares como piscinas, praias e cachoeiras, para que o produto não escorra sobre os olhos. Em 2022, a Anvisa já havia publicado um alerta, relacionado a esse tipo de cosmético. [...]

Agência Brasil. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2023-01/anvisa-suspende-venda-de-produtoque-provoca-intoxicacao-ocular.

 

A construção de um texto coeso envolve o uso apropriado de conectivos que expressam diferentes relações de sentido. Os conectivos “segundo” e “para que”, sublinhados no texto, introduzem, respectivamente, ideia de

a) conformidade e finalidade.

b) causa e finalidade.

c) consequência e tempo.

d) tempo e consequência.

e) concessão e conformidade.

 

QUESTÃO 04

Cerca de 5 milhões de candidatos ao Enem consultaram seus locais de prova

A dois dias do primeiro domingo de provas do Exame Nacional do Ensino Médio, 20% dos candidatos inscritos ainda não consultaram seus locais de prova. Os estudantes de todo o Brasil que farão a prova devem ficar atentos aos locais para evitar contratempos, já que os portões serão fechados impreterivelmente às 13h, horário de Brasília, deste domingo (5).

Agência Brasil. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2017-11/cerca-de-5-milhoes-decandidatos-ao-enem-ja-consultaram-seus-locais-de.

 

A escolha de palavras em um texto é fundamental para a produção de sentido. Na notícia, a escolha das palavras sublinhadas “já” e “ainda”:

a) Contribui para a construção da expressividade lírica da notícia, o que é atípico nesse gênero textual.

b) Aponta para expectativas opostas do autor em relação ao número de consultas a locais de prova.

c) Localiza no tempo e no espaço os fatos noticiados pelo autor, de modo figurativo.

d) Introduz relação de causalidade entre o número de contratempos esperados e os locais de prova divulgados.

e) Produz um efeito de sentido conhecido como homonímia, atribuindo expressividade ao texto.

 

QUESTÃO 05

Iracema fez ao estrangeiro um gesto de espera e silêncio, e depois desapareceu no mais sombrio do bosque. O Sol ainda pairava suspenso no viso da serrania; e já noite profunda enchia aquela solidão.

Quando a virgem tornou, trazia numa folha gotas de verde e estranho licor vazadas da igaçaba, que ela tirara do seio da terra. Apresentou ao guerreiro a taça agreste.

– Bebe!

Martim sentiu perpassar nos olhos o sono da morte; porém logo a luz inundou-lhe os seios d’alma; a força exuberou em seu coração. Reviveu os dias passados melhor do que os tinha vivido: fruiu a realidade de suas mais belas esperanças.

José de Alencar. Iracema.

 

Uma característica típica narrativa presente no texto acima é

a) a abundância de adjetivos e locuções adjetivas.

b) o uso de verbos no pretérito para expressar sequência de ações.

c) a predominância de uma linguagem informativa e concisa.

d) a adequação à norma padrão na construção de argumentação.

e) a objetividade na proposta de representação das personagens e do cenário.

 

QUESTÃO 06

Examine a tirinha do cartunista Silva João, publicada em sua conta do Instagram em 26.09.2019 para responder à questão.

 


Disponível em: www.instagram.com/silvazuao.

 

O efeito de humor da tirinha está centrado na ambiguidade do termo

a) “inspire”.

b) “cheguei”.

c) “bolso”.

d) “acreditei”.

e) “sonho”.

 

Leia o poema Vaso chinês, de Alberto de Oliveira, para responder às questões 7 e 8.

 

Vaso chinês

Estranho mimo aquele vaso! Vi-o.

Casualmente, uma vez, de um perfumado

Contador sobre o mármor luzidio, [armário, penteadeira] [mármore]

Entre um leque e o começo de um bordado.

 

Fino artista chinês, enamorado,

Nele pusera o coração doentio

Em rubras flores de um sutil lavrado,

Na tinta ardente, de um calor sombrio.

 

Mas, talvez por contraste à desventura,

 

Quem o sabe?... de um velho mandarim

Também lá estava a singular figura;

Que arte em pintá-la! a gente acaso vendo-a,

Sentia um não sei quê com aquele chim [chinês]

De olhos cortados à feição de amêndoa.

www.academia.org.br.

 

QUESTÃO 07

O eu lírico manifesta dúvida em relação

a) a quem teria pintado o vaso

b) ao sentido que teria a figura do mandarim no vaso.

c) à circunstância exata em que viu o vaso.

d) a como o vaso teria chegado ao local onde estava.

e) ao significado das flores pintadas no vaso.

 

QUESTÃO 08

A sinestesia é a figura de linguagem na qual duas ou mais sensações associadas a diferentes órgãos

dos sentidos se mesclam numa mesma expressão.

Ocorre sinestesia em:

a) “Fino artista chinês, enamorado, / Nele pusera o coração doentio” (2ª estrofe)

b) “Em rubras flores de um sutil lavrado, / Na tinta ardente, de um calor sombrio.” (2ª estrofe)

c) “Estranho mimo aquele vaso! Vi-o.” (1ª estrofe)

d) “Mas, talvez por contraste à desventura, / Quem o sabe?... de um velho mandarim” (3ª estrofe)

e) “De olhos cortados à feição de amêndoa.” (4ª estrofe)

 

Leia um trecho do conto “A cartomante” de Machado de Assis para responder às questões 9 a 14.

 

Vilela, Camilo e Rita, três nomes, uma aventura e nenhuma explicação das origens. Vamos a ela. Os dois primeiros eram amigos de infância. Vilela seguiu a carreira de magistrado. Camilo entrou no funcionalismo, contra a vontade do pai, que queria vê-lo médico; mas o pai morreu, e Camilo preferiu não ser nada, até que a mãe lhe arranjou um emprego público. No princípio de 1869, voltou Vilela da província, onde casara com uma dama formosa e tonta; abandonou a magistratura e veio abrir banca de advogado.

Camilo arranjou-lhe casa para os lados de Botafogo, e foi a bordo recebê-lo.

– É o senhor? exclamou Rita, estendendo-lhe a mão. – Não imagina como meu marido é seu amigo, falava sempre do senhor.

Camilo e Vilela olharam-se com ternura. Eram amigos deveras. Depois, Camilo confessou de si para si que a mulher do Vilela não desmentia as cartas do marido. Realmente, era graciosa e viva nos gestos, olhos cálidos, boca fina e interrogativa. Era um pouco mais velha que ambos: contava trinta anos, Vilela vinte e nove e Camilo vinte e seis. Entretanto, o porte grave de Vilela fazia-o parecer mais velho que a mulher, enquanto Camilo era um ingênuo na vida moral e prática. Faltava-lhe tanto a ação do tempo, como os óculos de cristal, que a natureza põe no berço de alguns para adiantar os anos. Nem experiência, nem intuição.

Uniram-se os três. Convivência trouxe intimidade. Pouco depois morreu a mãe de Camilo, e nesse desastre, que o foi, os dois mostraram-se grandes amigos dele. Vilela cuidou do enterro, dos sufrágios e do inventário; Rita tratou especialmente do coração, e ninguém o faria melhor.

Como daí chegaram ao amor, não o soube ele nunca. A verdade é que gostava de passar as horas ao lado dela, era a sua enfermeira moral, quase uma irmã, mas principalmente era mulher e bonita. [...]

Um dia, porém, recebeu Camilo uma carta anônima, que lhe chamava imoral e pérfido, e dizia que a aventura era sabida de todos. Camilo teve medo, e, para desviar as suspeitas, começou a rarear as visitas à casa de Vilela. Este notou-lhe as ausências.

Camilo respondeu que o motivo era uma paixão frívola de rapaz. Candura gerou astúcia. As ausências prolongaram-se, e as visitas cessaram inteiramente. Pode ser que entrasse também nisso um pouco de amor-próprio, uma intenção de diminuir os obséquios do marido, para tornar menos dura a aleivosia do ato.

Foi por esse tempo que Rita, desconfiada e medrosa, correu à cartomante para consultá-la sobre a verdadeira causa do procedimento de Camilo. [...]

ASSIS, Machado de. Obra Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. v. II.

 

 

QUESTÃO 09

O tipo textual predominante no trecho acima é

a) argumentativo.

b) dialogal.

c) narrativo.

d) dramático.

e) injuntivo.

 

QUESTÃO 10

Segundo o narrador, pode ser considerada uma característica de Camilo:

a) A inocência.

b) A mesquinhez.

c) O pessimismo.

d) A erudição.

e) A serenidade.

 

QUESTÃO 11

Um exemplo de interação do narrador com o leitor ocorre em:

a) “Vilela, Camilo e Rita, três nomes, uma aventura e nenhuma explicação das origens.” (1º parágrafo)

b) “Vamos a ela.” (1º parágrafo)

c) “Camilo arranjou-lhe casa para os lados de Botafogo” (1º parágrafo)

d) “É o senhor?” (2º parágrafo)

e) “Não imagina como meu marido é seu amigo, falava sempre do senhor.” (2º parágrafo)

 

QUESTÃO 12

As palavras e expressões sublinhadas no texto têm valor adverbial. Dentre elas, contribui para a construção cronológica das ações no texto:

a) “contra a vontade do pai”

b) “com ternura”

c) “Um dia”

d) “à casa de Vilela”

e) “inteiramente”

 

QUESTÃO 13

“Era um pouco mais velha que ambos: contava trinta anos, Vilela vinte e nove e Camilo vinte e seis. Entretanto, o porte grave de Vilela fazia-o parecer mais velho que a mulher, enquanto Camilo era um ingênuo na vida moral e prática.”

No excerto, a conjunção sublinhada expressa

a) condição.

b) explicação.

c) conclusão.

d) adição.

e) oposição.

 

QUESTÃO 14

A palavra “a”, sublinhada, pode ser classificada como preposição em:

a) Vilela seguiu a carreira de magistrado.

b) Camilo entrou no funcionalismo, contra a vontade do pai.

c) É o senhor? exclamou Rita, estendendo-lhe a mão.

d) começou a rarear as visitas à casa de Vilela.

e) para tornar menos dura a aleivosia do ato.

 

QUESTÃO 15

Estresse é um termo que se vulgarizou nos últimos tempos. Queixa-se de estresse o homem que chega em casa depois de um dia de muito trabalho, de trânsito pesado e das filas do banco. Queixa-se a mulher que enfrentou uma maratona de atividades domésticas, profissionais e com os filhos. À noite, terminado o jantar, com as crianças recolhidas, os dois mal têm forças para trocar de roupa e cair na cama.

A palavra estresse não cabe nesse contexto. O que eles sentem é cansaço, estão exaustos e uma noite de sono é um santo remédio para recompor as energias e revigorá-los para as tarefas do dia seguinte.

A palavra estresse, na verdade, caracteriza um mecanismo fisiológico do organismo sem o qual nós, nem os outros animais, teríamos sobrevivido. Se nosso antepassado das cavernas não reagisse imediatamente, ao se deparar com uma fera faminta, não teria deixado descendentes. Nós existimos porque nossos ancestrais se estressavam, isto é, liberavam uma série de mediadores químicos (o mais popular é a adrenalina), que provocavam reações fisiológicas para que, diante do perigo, enfrentassem a fera ou fugissem.

http://drauziovarella.com.br.

 

Ao lançar mão do mecanismo de comparação, o autor do texto conduz os leitores a

a) minimizarem os receios contra o estresse.

b) evitarem situações que causem estresse.

c) distinguirem os vários sintomas do estresse.

d) saberem da existência dos tipos de estresse.

e) compreenderem o significado do termo estresse.

 

Leia a crônica “Caso de justiceiro”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder à questão 16 a 18.

 

Mercadinho é imagem de confusão organizada. Todos comprando tudo ao mesmo tempo em corredores estreitos, carrinhos e pirâmides de coisas se comprimindo, apalpamento, cheiração e análise visual de gêneros pelas madamas, e, a dominar o vozerio, o metralhar contínuo das registradoras. Um olho invisível, múltiplo e implacável, controla os menores movimentos da freguesia,

devassa o mistério de bolsas e bolsos, quem sabe se até o pensamento. Parece o caos; contudo nada escapa à fiscalização. Aquela velhinha estrangeira, por exemplo, foi desmascarada.

– A senhora não pagou a dúzia de ovos quebrados.

– Paguei.

Antes que o leitor suponha ter a velhinha quebrado uma dúzia de ovos, explico que eles estão à venda assim mesmo, trincados. Por isso são mais baratos, e muita gente os prefere; casca é embalagem. A senhora ia pagar a dúzia de ovos perfeitos, comprada depois; mas e os quebrados, que ela comprara antes? A velhinha se zanga e xinga em ótimo português-carioca o rapaz da caixa. O qual lhe responde boas, no mesmo idioma, frisando que gringo nenhum viria lá de sua terra da peste para dar prejuízo no Brasil, que ele estava ali para defender nosso torrão contra piratas da estranja. A mulher, fula de indignação, foi perdendo a voz. Caixeiros acorreram, tomando posição em defesa da pátria ultrajada na pessoa do colega; entre eles, alguns portugueses. A freguesia fez bolo. O mercadinho parou.

Eis que irrompe o tarzã de calção de banho ainda rorejante e berra para o caixa:

– Para com isso, que eu não conheço essa dona mas vê-se pela cara que é distinta.

– Distinta? Roubou cem cruzeiros à casa e insultou a gente feito uma danada.

– Roubou coisa nenhuma, e o que ela disse de você eu não ouvi mas subscrevo. O que você é, é um calhorda e quer fazer média com o patrão à custa de uma pobre mulher.

O outro ia revidar à altura, mas o tarzã não era de cinema, era de verdade, o que aliás não escapou à percepção de nenhum dos presentes. De modo que enquanto uns socorriam a velhinha, que desmaiava, outros passavam a apoiá-la moralmente, querendo arrebentar aquela joça. O partido nacionalista acoelhou-se. Foram tratando de cerrar as portas, para evitar a repetição de Caxias. Quem estava lá dentro que morresse de calor; enquanto não viessem a radiopatrulha e a ambulância, a questão dos ovos ficava em suspenso.

– Ah, é? –  disse o vingador. – Pois eu pago os cem cruzeiros pelos ovos mas você tem de engolir a nota.

Tirou-a do bolso do calção, fez uma bolinha, puxou para baixo, com dedos de ferro, o queixo do caixa, e meteu-lhe o dinheiro na boca.

Assistência deslumbrada, em silêncio admiracional. Não é todos os dias que se vê engolir dinheiro. O caixa começou a mastigar, branco, nauseado, engasgado.

Uma voz veio do setor de ovos:

– Ela não roubou mesmo não! Olha o dinheiro embaixo do pacote!

Outras vozes se altearam: “Engole mais os outros cem!” “Os ovos também!” “Salafra” “Isso!” “Aquilo!”.

A onda era tamanha que o tarzã, instrumento da justiça divina, teve de restabelecer o equilíbrio.

– Espera aí. Este aqui já pagou. Agora vocês é que vão engolir tudo, se maltratarem este rapaz.

Carlos Drummond de Andrade. Cadeira de balanço, 2020.

 

QUESTÃO 16

O cronista caracteriza a fiscalização do mercadinho como

a) condescendente.

b) parcial.

c) branda.

d) onisciente.

e) aleatória.

 

QUESTÃO 17

Observa-se um paradoxo entre os termos que compõem a seguinte expressão:

a) “assistência deslumbrada” (13° parágrafo)

b) “pátria ultrajada” (5° parágrafo)

c) “olho invisível” (1° parágrafo)

d) “análise visual” (1° parágrafo)

e) “confusão organizada” (1° parágrafo)

 

QUESTÃO 18

Verifica-se expressão própria da linguagem coloquial no seguinte trecho:

a) “outros passavam a apoiá-la moralmente, querendo arrebentar aquela joça” (10° parágrafo)

b) “enquanto não viessem a radiopatrulha e a ambulância, a questão dos ovos ficava em suspenso”

(10° parágrafo)

c) “Caixeiros acorreram, tomando posição em defesa da pátria ultrajada na pessoa do colega” (5° parágrafo)

d) “o que aliás não escapou à percepção de nenhum dos presentes” (10° parágrafo)

e) “Antes que o leitor suponha ter a velhinha quebrado uma dúzia de ovos” (4° parágrafo)

 

QUESTÃO 19



www.acnur.org. Acesso em: 11 dez. 2018.

 

Nesse cartaz, o uso da imagem do calçado aliada ao texto verbal tem o objetivo de

a) criticar as difíceis condições de vida dos refugiados.

b) revelar a longa trajetória percorrida pelos refugiados.

c) incentivar a campanha de doações para os refugiados.

d) denunciar a situação de carência vivida pelos refugiados.

e) simbolizar a necessidade de adesão à causa dos refugiados.

 

QUESTÃO 20

O Leia o prefácio de Senhora, romance escrito por José de Alencar.

 

Ao Leitor

Este livro, como os dois que o precederam, não são da própria lavra do escritor, a quem geralmente os atribuem.

A história é verdadeira; e a narração vem de pessoa que recebeu diretamente, e em circunstâncias que ignoro, a confidência dos principais atores deste drama curioso.

O suposto autor não passa rigorosamente de editor. É certo que tomando a si o encargo de corrigir a forma e dar-lhe um lavor literário, de algum modo apropriar-se não a obra mas o livro.

Em todo caso, encontram-se muitas vezes nestas páginas exuberâncias de linguagem e afoutezas de imaginação, a que já não se lança a pena sóbria e refletida do escritor sem ilusões e sem entusiasmos.

Tive tentações de apagar algum desses quadros mais plásticos ou pelo menos de sombrear as tintas vivas e cintilantes.

Mas devia eu sacrificar a alguns cabelos grisalhos esses caprichos artísticos de estilo, que talvez sejam para os finos cultores da estética o mais delicado matiz do livro?

E será unicamente uma fantasia de colorista e adorno de forma, o relevo daquelas cenas, ou antes de tudo serve de contraste ao fino quilate de um caráter?

efetivamente um heroísmo de virtude na altivez dessa mulher, que resiste a todas as seduções, aos impulsos da própria paixão, como ao arrebatamento dos sentidos.

José de Alencar

ALENCAR, José de. Senhora. 4. ed. [s.l.]: Melhoramentos.

 

Trata-se de um advérbio que expressa o ponto de vista do enunciador sobre o que se diz:

a) precederam

b) diretamente

c) lavor

d) sóbria

e) efetivamente






 

 

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