09 junho 2022

AVALIAÇÃO BIMESTRAL 2 - 9º ANO 2022

QUESTÃO 01

Trabalhar é criar vida!

O ser humano trabalha quando cria a vida ou melhora as condições de vida. O trabalho transforma a natureza para obter sustento e bem-estar, criando entre as pessoas as relações sociais que marcam o cotidiano. No entanto, às vezes o trabalho é algo penoso, forçado, um esforço obrigatório, pouco reconfortante. Isso pode ser percebido na origem da palavra trabalho, que vem do latim tripallium, o nome de um instrumento com o qual se castigavam os escravos no tempo do Império Romano [...]

Trabalhador também se chama operário, que vem de opera em latim, isto é, obra. Nada mais emocionante do que parar para ver um trabalhador em atividade: o calceteiro que examina a pedra para descobrir seu “rosto”, antes de assentá-la; o carregador que retesa os músculos e faz uma verdadeira ginástica para colocar o fardo na cabeça; o pedreiro que nivela o reboco com capricho; o ferreiro que sabe dosar a martelada para dar à peça a forma desejada; a cozinheira que coloca o tempero na medida certa e mexe e remexe a comida na panela; a agilidade da rendeira; a habilidade da bordadeira; a delicadeza da ceramista... São gestos belos, dignos e criativos. É a dignidade do trabalho que transforma e dá mais valia às coisas da natureza, enobrecendo e dignificando a própria pessoa que trabalha. Isso se refere a todo tipo de trabalho, tanto manual como artístico, científico, técnico etc.

Disponível em: http://venus.rdc.puc-rio.br/kids/kidlink/kidcafe-esc/voz/index.html. Acesso em: 10 fev. 2022.

 

Releia o último período do 1º parágrafo:

 “[...] Isso pode ser percebido na origem da palavra trabalho, que vem do latim tripallium, o nome de um instrumento com o qual se castigavam os escravos no tempo do Império Romano [...]”

 

A expressão sublinhada exerce, sintaticamente, a função de:

a) adjunto adverbial

b) agente da passiva

c) objeto direto

d) objeto indireto

e) sujeito

 

QUESTÃO 02

Fenômeno causa “chuva de peixes” em cidade dos EUA

A cidade de Texarkana, no estado norte-americano do Texas, nos Estados Unidos, encerrou o ano de 2021 com um fenômeno nada convencional: uma chuva de peixes.

“2021 está entregando todos os seus truques, incluindo chover peixes em Texarkana hoje. E não, isso não é uma piada”, diz uma mensagem compartilhada na página oficial das autoridades locais no Facebook.

De acordo com a prefeitura da cidade, o caso - ocorrido no dia 29 de dezembro - possivelmente foi ocasionado por trombas d'água ou correntes de ar que correram na superfície da Terra.

Por conta do fenômeno, os pequenos animais marinhos foram sugados para as nuvens, desaguando na cidade.

“Embora seja incomum, isso acontece, como evidenciado em vários lugares e, hoje, em Texarkana”, diz outro trecho da publicação.

UOL, 2 jan. 2022. Disponível em: https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2022/01/02/fenomeno-causa-chuva-de-peixes-em-cidade-dos-eua.htm. Acesso em: 15 fev. 2022.

 

Releia o trecho:

Embora seja incomum, isso acontece, como evidenciado em vários lugares e, hoje, em Texarkana”, diz outro trecho da publicação."

A conjunção destacada introduz um tipo de oração adverbial que pode ser classificada como subordinada adverbial

a) causal.

b) concessiva.

c) temporal.

d) consecutiva.

e) final.

 

QUESTÃO 03

O bicho alfabeto

 

O bicho alfabeto

tem vinte e três patas

ou quase

 

por onde ele passa

nascem palavras

e frases

 

com frases

se fazem asas

palavras

o vento leve

 

o bicho alfabeto

passa

fica o que não se escreve

LEMINSKI, Paulo. "O bicho alfabeto". Disponível em: www.escritas.org/pt/t/11224/o-bicho-alfabeto. Acesso em: 15 fev. 2022.

 

Com base na leitura do poema anterior, é possível entender, de acordo com o eu poético, que

a) o alfabeto é importante para a construção do processo de comunicação a partir das palavras.

b) o alfabeto é o grande vilão no processo de produção dos termos presentes no dicionário.

c) o alfabeto, quando passa, não deixa nada escrito, pois não se pode produzir escrita em movimento.

d) somente no ato de aprisionar o alfabeto é que se pode entender o significado das palavras.

e) a libertação do alfabeto está diretamente ligada à falta de sentido dos vocábulos, uma vez que permanecem soltos.

 

QUESTÃO 04

Surdez moral

Precisamos deixar de ser surdos aos gritos do povo nas esquinas ou no campo. Compreender o que dizem as crianças pedindo esmolas na esquina, driblando carros, no horário em que deveriam estar na escola. Dentro de nossos carros, passamos por essas crianças tão insensíveis quanto uma pessoa surda ao lado de alguém aos gritos. Não ouvimos e não entendemos a fome, a insegurança e o medo frente às ameaças da rua, da noite, do dia seguinte, do futuro imprevisível. Não escutamos o grito que mostra o triste futuro de uma nação impassível frente às necessidades de suas crianças.

Não tomamos conhecimento dos berros de quase dois milhões de crianças brasileiras em idade escolar que nem sequer entraram na escola; ou de milhões de outras crianças que serão matriculadas mais para fugir da fome comendo merenda do que para sair da ignorância aprendendo letras. Não percebemos que o futuro do País está gritando, nossa surdez matando o destino de todo o país.

Somos todos portadores de uma triste e profunda deficiência auditiva diante das necessidades dos pobres.

Passamos por corpos dormindo nas calçadas sem ouvir a injustiça que eles gritam. Somos incapazes de perceber a fome daqueles corpos na imobilidade das noites de frio, o desespero da falta de uma casa, a falta de perspectiva. Não vemos o desperdício de futuro por falta de investimento nas pessoas. Não reagimos ante os gritos assustadores das pessoas que chegam aos hospitais sem leitos para parentes doentes. Somos surdos para mães e pais barrados nas portas dos hospitais, com os filhos nos braços, sabendo que atrás da porta há condições de salvar-lhe a vida.

De dentro dos carros fechados, com o ar condicionado ligado, não ouvimos o que dizem os olhos e os corpos de homens e mulheres que esperam o ônibus com horário imprevisível, enquanto seus filhos esperam trancados em casa. Não ouvimos o que dizem os olhos analfabetos querendo adivinhar o trajeto do ônibus, ou o endereço dos anúncios de emprego, ou o nome do remédio que lhe prescreveram. Não ouvimos o estômago dos que não têm o que comer. Porque somos surdos para os problemas da pobreza.

Disponível em: www.laondadigital.uy/LaOnda2/201-300/251/Recuadro3.htm. Acesso em: 3 jan. 2022.


Releia o trecho:

 [...] Não tomamos conhecimento dos berros de quase dois milhões de crianças brasileiras em idade escolar que nem sequer entraram na escola; ou de milhões de outras crianças que serão matriculadas mais para fugir da fome comendo merenda do que para sair da ignorância aprendendo letras.[...]

As orações adverbiais ampliam o sentido de uma frase, uma vez que atuam no nível circunstancial. No texto, a atuação da oração em destaque indica

a) a finalidade da ação de matricular as crianças.

b) a maneira como ocorre a matrícula das crianças.

c) o tempo em que as crianças ficam matriculadas.

d) uma exceção, ou seja, nem todas serão matriculadas.

e) a maneira como as crianças são tratadas nas escolas.

 

QUESTÃO 05

O título “Surdez moral” relaciona-se diretamente ao tema discutido ao longo do texto, pois

a) a moral está ligada à postura proativa do homem em relação às pessoas que fazem parte de seu dia a dia.

b) há forte crítica à política nacional, já que esta não viabiliza subsídios para alterar a situação da população mais pobre.

c) a surdez moral é aquela provocada nas populações de baixa renda, posto que elas preferem submeter-se a condições degradantes de vida.

d) há uma crítica direta ao comportamento individualista das pessoas que não se preocupam com as condições de vida de seus semelhantes.

e) a surdez moral é denotativa, ou seja, há, de fato, uma surdez nas pessoas, fazendo com que estas não ouçam as necessidades dos pobres.


QUESTÃO 06

Releia o trecho:

Não percebemos que o futuro do País está gritando, nossa surdez matando o destino de todo o País.

Não escutamos o grito que mostra o triste futuro de uma nação impassível frente às necessidades de suas crianças.

O termo “que” pode ser utilizado de várias maneiras distintas na língua portuguesa. As duas ocorrências do vocábulo “que” nas passagens são, respectivamente,

a) conjunção integrante e pronome relativo.

b) pronome relativo e conjunção integrante.

c) conjunção explicativa e pronome relativo.

d) pronome relativo e conjunção explicativa.

e) conjunção integrante e conjunção integrante.

 

QUESTÃO 07

A graciosa ará, sua companheira e amiga, brinca junto dela. Às vezes sobe aos ramos da árvore e de lá chama a virgem pelo nome; outras remexe o uru de palha matizada, onde traz à selvagem seus perfumes, os alvos fios do crautá, as agulhas da juçara com que tece a renda, e as tintas de que matiza o algodão.

ALENCAR, José de. Iracema. São Paulo: Ática, 1995. p. 16-18.

 

Nesse fragmento, é possível afirmar que o referente do termo “onde” é:

a) ará

b) uru

c) ramos

d) virgem

e) árvore

 

QUESTÃO 08

Assinale a alternativa em que o período apresenta uma oração que recebe a mesma classificação daquela introduzida pelo termo “onde” no fragmento anterior.

a) A mãe cujo amigo falei recebeu outra proposta.

b) Meu irmão que chegou à Europa é jogador de futebol.

c) O evento diurno o qual foi adiado já não mais acontecerá.

d) O professor por quem tive admiração saiu do colégio este ano.

e) O Rio de Janeiro, que é uma cidade maravilhosa, sofreu com as chuvas.

 

QUESTÃO 09

Soneto de Fidelidade

 

De tudo, ao meu amor serei atento

Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto

Que mesmo em face do maior encanto

Dele se encante mais meu pensamento.

 

Quero vivê-lo em cada vão momento

E em louvor hei de espalhar meu canto

E rir meu riso e derramar meu pranto

Ao seu pesar ou seu contentamento.

 

E assim, quando mais tarde me procure

Quem sabe a morte, angústia de quem vive

Quem sabe a solidão, fim de quem ama

 

Eu possa me dizer do amor (que tive):

Que não seja imortal, posto que é chama

Mas que seja infinito enquanto dure.

MORAES, Vinícius. Antologia Poética. Rio de Janeiro: Editora do autor,1960. p. 96.

 

Na última estrofe do poema, o eu poético estabelece uma comparação implícita para se referir ao amor, dizendo-o ser uma chama. A partir disso, pode-se afirmar que o amor tem um começo e um fim. Essa reflexão sugere um desejo do sujeito lírico de

a) recusar os amores falaciosos para viver um sentimento real.

b) criticar as relações amorosas, uma vez que elas sempre terminam.

c) aproveitar ao máximo do amor, enquanto ele existir.

d) minimizar os sofrimentos promovidos pelo fim do amor.

e) construir laços sólidos que rompem barreiras temporais.

 

QUESTÃO 10

Releia os três últimos versos do poema:

Eu possa me dizer do amor (que tive):

Que não seja imortal, posto que é chama

Mas que seja infinito enquanto dure.

 

No segundo verso, foi destacada uma locução conjuntiva que introduz a intenção da oração em relação à sua principal. O valor semântico de tal elemento coesivo é:

a) Causal

b) Concessivo

c) Consecutivo

d) Proporcional

e) Condicional


1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

A

B

A

A

D

A

B

E

C

A


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