07 março 2022

COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO II

 EXERCÍCIO 1

 

Leia estes dois pequenos contos orientais. Depois, responda no caderno às questões 1 e 2.

Texto 1

Debaixo da ponte não há ladrões

Debaixo de uma ponte vivia uma família de mendigos, um homem, uma mulher e o filho. Um dia, voltando de mendigar, disse a mulher ao marido:

- Hoje não recebi dinheiro algum. Muitos ladrões haviam passado pelas casas e as pessoas tinham medo de me dar dinheiro.

Ouvindo-lhe as palavras, acudiu o moço:

- Somos muito felizes, papai, pois nunca entram ladrões em nossa casa.

- Sem dúvida - conveio [concordou] o pai. - Precisamos agradecer pela nossa pobreza, é o mérito de teus pais. Ninguém entra debaixo desta ponte.

DESHIMARU, Taisen (Org.). A tigela e o bastão: 120 contos zen narrados pelo

mestre Taisen Deshimaru. Tradução de Octavio Mendes Cajado. São Paulo:

Pensamento, 1998.

Texto 2

O pássaro de duas cabeças

Trata-se de um pássaro de duas cabeças (e um corpo), cuja cabeça direita é comilona e hábil em encontrar comida, ao passo que a esquerda, igualmente comilona, é desajeitada. A cabeça direita podia sempre alimentar-se à vontade, e a esquerda ficava sempre com fome.

Por isso, um dia, a cabeça esquerda disse à cabeça direita:

— Conheço, pertinho daqui, uma erva deliciosa com a qual te regalarás [sentirás grande prazer]; vem, vou conduzir-te ao lugar.

A cabecinha esquerda sabia que, na verdade, se tratava de veneno, mas desejava promover, desse modo, a morte da cabeça direita para, depois, poder comer a seu talante [conforme seu desejo]. O que na verdade aconteceu foi que, primeiro, o corpo se intoxicou e, a seguir, as duas cabeças morreram.

DESHIMARU, Taisen (Org.). A tigela e o bastão: 120 contos zen narrados

pelo mestre Taisen Deshimaru.Tradução de Octavio Mendes Cajado. São Paulo:

Pensamento, 1998. p. 28 e 32.

 

- Localize, no primeiro conto, uma oração coordenada que apresenta uma explicação para o fato expresso na oração anterior a ela.

a) Copie o período todo no caderno. Em seguida, indique qual é a explicação e qual é o fato explicado.

b) Qual conjunção foi utilizada para conferir esse sentido explicativo à oração coordenada?

c) Substitua-a por outra conjunção, mantendo o sentido original.

 

EXERCÍCIO 2

Muitas conjunções são polissêmicas; por isso, às vezes elas podem expressar sentidos diferentes.

Compare, por exemplo, estas ocorrências da conjunção e nos textos 1 e 2.

(I)  “[...] o corpo se intoxicou e [...] as duas cabeças morreram.”

(II) “Muitos ladrões haviam passado pelas casas e as pessoas tinham medo de me dar dinheiro.”

(III) “A cabeça direita podia sempre alimentar-se à vontade, e a esquerda ficava sempre com fome.”

a) Na frase (I), a conjunção e expressa seu sentido usual. Explique por quê.

b) Copie o item que melhor descreve o sentido que a conjunção e expressa, respectivamente, nas ocorrências (II) e (III):

• Causa-consequência e oposição.

• Oposição, nos dois casos.

• Explicação, nos dois casos.

c) Copie as frases (II) e (III), substituindo a conjunção e por outra que preserve o sentido original.

 

 

EXERCÍCIO 3

Analise a charge produzida pelo cartunista fluminense Arionauro.

 


a) Qual é o tema da charge e o posicionamento de seu produtor?

b) As orações do período estão relacionadas por coordenação ou subordinação?

c) Que relação semântica há entre as duas orações? Cite um conector que poderia explicitá-la.

d) A ausência de um conector prejudicou a clareza da ideia expressa? Por quê?

 

EXERCÍCIO 4

Identifique as orações subordinadas substantivas a seguir.

a) Tive a oportunidade de que ele conversasse comigo em três eventos distintos, inclusive um realizado no Congresso Nacional, com presença massiva de parlamentares.

b) Essa revelação leva a pensar o que significa no mundo de hoje — para quem tem condições de pagar por conexão— não ter um smartphone.

c) No entanto, o que mais me chamou a atenção é o fato de que Gates vive praticamente desconectado.

d) Ele lê livros em papel (muitos!) e dá a impressão de que raramente chega perto de um computador ou de um smartphone.

e) Perguntei também o que ele recomendaria nesse contexto de overdose de informação.

f) O problema é que [...] em saúde mental não se pode dizer o mesmo.

g) “Esquecer que 40% dos brasileiros até 2018 nunca usaram um computador”.

h) É necessário que se conecte 100% do país, especialmente as escolas públicas.

i) Não poderia haver situação mais paradoxal: que é o oferecimento de oportunidade de conexão e de desconexão às pessoas.














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EXERCÍCIO 1

a) Iracema: sujeito simples   b) o pé grácil e nu: sujeito simples   c) a sombra da oiticica: sujeito simples   d) a graciosa ará: sujeito   e) ignotas armas e tecidos ignotos: sujeito composto    f) tu: sujeito simples, oculto

EXERCÍCIO 2

a) desconforto, aborrecimento, tristeza.             b) Os pedestres, os ciclistas e os pássaros.

c) Os cabos de sustentação em posição diagonal e não reta. Como pássaros costumam pousar em cabos, nessa ponte, a posição inclinada em que ficam cria o humor na representação da cena. As fisionomias desoladas contribuem para isso.

EXERCÍCIO 3

a) Não, porque não é possível conhecer a identidade das pessoas que se “esqueceram” dos pássaros.    

b) São as pessoas que, em uma cidade, tomam decisões tais como construir uma ponte e/ou as pessoas que planejam e executam o projeto. Por exemplo, autoridades do estado ou do município, engenheiros, construtores, arquitetos, etc.

c) II e III

EXERCÍCIO 4

Embora a 3ª pessoa do plural possa indicar sujeito indeterminado, no trecho aponta um caso de sujeito oculto (Luís Alves e Estêvão).

EXERCÍCIO 5

a) ter: VTD; mais estrelas: OD   b) nascer: VI   c) estavam: VL   d) refere-se: VI; aos poetas românticos: OI   e) ensina: VTDI; literatura: OD; aos alunos do 2º ano: OI   f) beijava: VTD; a: OD   g) combatem: VI




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