EXERCÍCIO 1
Leia estes dois pequenos contos orientais. Depois,
responda no caderno às questões 1 e 2.
Texto 1
Debaixo
da ponte não há ladrões
Debaixo de uma ponte vivia uma
família de mendigos, um homem, uma mulher e o filho. Um dia, voltando de
mendigar, disse a mulher ao marido:
- Hoje não recebi dinheiro algum.
Muitos ladrões haviam passado pelas casas e as pessoas tinham medo de me dar
dinheiro.
Ouvindo-lhe as palavras, acudiu o
moço:
- Somos muito felizes, papai, pois
nunca entram ladrões em nossa casa.
- Sem dúvida - conveio [concordou]
o pai. - Precisamos agradecer pela
nossa pobreza, é o mérito de teus pais. Ninguém entra debaixo desta ponte.
DESHIMARU, Taisen (Org.). A tigela e o bastão: 120 contos zen
narrados pelo
mestre Taisen Deshimaru. Tradução de
Octavio Mendes Cajado. São Paulo:
Pensamento, 1998.
Texto 2
O
pássaro de duas cabeças
Trata-se de um pássaro de duas
cabeças (e um corpo), cuja cabeça direita é comilona e hábil em encontrar
comida, ao passo que a esquerda, igualmente comilona, é desajeitada. A cabeça
direita podia sempre alimentar-se à vontade, e a esquerda ficava sempre com
fome.
Por isso, um dia, a cabeça esquerda
disse à cabeça direita:
— Conheço, pertinho daqui, uma erva
deliciosa com a qual te regalarás [sentirás grande prazer]; vem, vou conduzir-te ao lugar.
A cabecinha esquerda sabia que, na
verdade, se tratava de veneno, mas desejava promover, desse modo, a morte da
cabeça direita para, depois, poder comer a
seu talante [conforme seu desejo]. O que na verdade aconteceu foi que, primeiro, o corpo
se intoxicou e, a seguir, as duas cabeças morreram.
DESHIMARU, Taisen (Org.). A tigela e o bastão: 120 contos zen
narrados
pelo mestre Taisen
Deshimaru.Tradução de Octavio Mendes Cajado. São Paulo:
Pensamento, 1998. p. 28 e 32.
- Localize, no primeiro conto, uma oração coordenada que
apresenta uma explicação para o fato expresso na oração anterior a ela.
a) Copie o período todo no caderno. Em seguida, indique qual
é a explicação e qual é o fato explicado.
b) Qual conjunção foi utilizada para conferir esse
sentido explicativo à oração coordenada?
c) Substitua-a por outra conjunção, mantendo o sentido
original.
EXERCÍCIO 2
Muitas conjunções são polissêmicas; por isso, às vezes elas
podem expressar sentidos diferentes.
Compare, por exemplo, estas ocorrências da conjunção e
nos textos 1 e 2.
(I) “[...] o corpo
se intoxicou e [...] as duas cabeças morreram.”
(II) “Muitos ladrões haviam passado pelas casas e as
pessoas tinham medo de me dar dinheiro.”
(III) “A cabeça direita podia sempre alimentar-se à
vontade, e a esquerda ficava sempre com fome.”
a) Na frase (I), a conjunção e expressa seu sentido usual.
Explique por quê.
b) Copie o item que melhor descreve o sentido que a
conjunção e expressa, respectivamente, nas ocorrências (II) e (III):
• Causa-consequência e oposição.
• Oposição, nos dois casos.
• Explicação, nos dois casos.
c) Copie as frases (II) e (III), substituindo a conjunção e por outra que preserve o sentido
original.
EXERCÍCIO 3
Analise a charge produzida pelo cartunista fluminense Arionauro.
a) Qual é o tema da charge e o posicionamento de seu produtor?
b) As orações do
período estão relacionadas por coordenação ou subordinação?
c) Que relação
semântica há entre as duas orações? Cite um conector que poderia explicitá-la.
d) A ausência de um
conector prejudicou a clareza da ideia expressa? Por quê?
EXERCÍCIO 4
Identifique as
orações subordinadas substantivas a seguir.
a) Tive a
oportunidade de que ele conversasse comigo em três eventos distintos, inclusive
um realizado no Congresso Nacional, com presença massiva de parlamentares.
b) Essa revelação
leva a pensar o que significa no mundo de hoje — para quem tem condições de
pagar por conexão— não ter um smartphone.
c) No entanto, o que
mais me chamou a atenção é o fato de que Gates vive praticamente desconectado.
d) Ele lê livros em
papel (muitos!) e dá a impressão de que raramente chega perto de um computador
ou de um smartphone.
e) Perguntei também o
que ele recomendaria nesse contexto de overdose de informação.
f) O problema é que
[...] em saúde mental não se pode dizer o mesmo.
g) “Esquecer que 40%
dos brasileiros até 2018 nunca usaram um computador”.
h) É necessário que
se conecte 100% do país, especialmente as escolas públicas.
i) Não poderia haver
situação mais paradoxal: que é o oferecimento de oportunidade de conexão e de
desconexão às pessoas.
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EXERCÍCIO 1
a) Iracema: sujeito simples b) o
pé grácil e nu: sujeito simples c) a
sombra da oiticica: sujeito simples d) a graciosa ará:
sujeito e)
ignotas armas e tecidos ignotos:
sujeito composto f) tu: sujeito simples, oculto
EXERCÍCIO 2
a) desconforto, aborrecimento, tristeza. b) Os pedestres, os ciclistas e os pássaros.
c) Os
cabos de sustentação em posição diagonal e não reta. Como pássaros costumam pousar
em cabos, nessa ponte, a posição inclinada em que ficam cria o humor na
representação da cena. As fisionomias desoladas contribuem para isso.
EXERCÍCIO 3
a) Não, porque não é possível conhecer a identidade das pessoas que se “esqueceram” dos pássaros.
b) São as pessoas que, em uma cidade, tomam decisões tais como construir uma ponte e/ou as pessoas que planejam e executam o projeto. Por exemplo, autoridades do estado ou do município, engenheiros, construtores, arquitetos, etc.
c) II
e III
EXERCÍCIO 4
Embora
a 3ª pessoa do plural possa indicar sujeito indeterminado, no trecho aponta um
caso de sujeito oculto (Luís Alves e Estêvão).
EXERCÍCIO 5
a) ter: VTD; mais estrelas: OD b) nascer: VI c) estavam: VL d) refere-se: VI; aos poetas românticos: OI e) ensina: VTDI; literatura: OD; aos alunos do 2º ano: OI f) beijava: VTD; a: OD g) combatem: VI