REVISÃO: ARTIGO, SUBSTANTIVO E ADJETIVO

1. Identifique os artigos e classifique-os em definidos ou indefinidos.

a) Rodrigo escreveu uma carta para Guilherme.

b) Rodrigo escolheu a profissão: professor.

c) A profissão escolhida por Rodrigo é uma das mais importantes para a sociedade.

d) Guilherme já escolheu uma profissão há muito tempo.

 

2. Leia as frases e preencha os espaços com artigo definido ou artigo indefinido.

a) Logo percebi que era _______ truque para eu não ficar na sala, Certamente tinham _______ assunto importante para conversar e crianças sempre acabam atrapalhando.

b) Não era _______ homem desconhecido. Era meu pai, ora!

c) Todos ouviram: parecia mesmo _______ voz da criança.

d) _______ professor deu a ideia de formarmos _______ grupo de estudos.

e) Mandei _______ mensagem para nossos amigos, mas ninguém recebeu a tempo; a partir de hoje, além de texto, vou usar _______ velho conhecido, o telefone.

 

3. Identifique o caso em que a eliminação do artigo indefinido não traria nenhuma alteração para a compreensão do texto. Justifique sua escolha.

a) Tive pesadelos, fiquei com medo de andar na rua e achava que todo mundo que eu via era um assaltante.

b) Se a criança for educada num ambiente saudável, no qual é respeitada e recebe afeto, seguramente vai saber lidar com a violência e terá melhores condições de superar um trauma.

c) O maior risco que as crianças correm nas ruas são os assaltos. Apesar disso, os pais não devem trancá-las em casa e impedirem que tenham um desenvolvimento normal.

d) Na escola, os alunos assistiram a uma palestra sobre prevenção do meio ambiente.

 

- Leia o texto a seguir.

O poder ultrajovem

 

- QUERO LASANHA.

         Aquele anteprojeto de mulher - quatro anos no máximo, desabrochando na ultraminissaia - decidido no restaurante. Não precisava de menu, não precisava de mesa, não precisava de nada. Sabia perfeitamente o que queria. Queria lasanha.

         O pai, que mal acabara de estacionar o carro em uma vaga de milagre, apareceu para dirigir a operação-Jantar, que é, ou era, da competência dos senhores pais.

         - Meu bem, venha cá.

         - Quero lasanha.

         - Escute aqui, querida. Primeiro, escolhe-se a mesa.

         - Não, já escolhi. Lasanha.

         Que parada - lia-se na cara do pai. Relutante, a garotinha condescendeu em sentar-se primeiro e depois encomendar o prato:

         - Vou querer lasanha.

         - Filhinha, por que não pedimos camarão? Você gosta tanto de camarão.

         - Gosto, mas quero lasanha.

         - Eu sei, eu sei que você adora camarão. A gente pede uma fritada bem bacana de camarão. Tá?

         - Quero lasanha, papai. Não quero camarão.

         - Vamos fazer uma coisa. Depois do camarão, a gente traça uma lasanha. Que tal?

         - Você come camarão e eu como lasanha.

         O garçom aproximou-se, e ela foi logo instruindo:

         - Quero uma lasanha.

         O pai corrigiu:

         - Traga uma fritada de camarão pra dois. Caprichada.

         A coisinha amuou. Então não podia querer? Queriam querer em nome dela? Por que é proibido comer lasanha? Essas interrogações também se liam no seu rosto, pois os lábios mantinham reserva. Quando o garçom voltou com os pratos e o serviço, ela atacou:

         - Moço, tem lasanha?

         - Perfeitamente, senhorita,

         O pai, no contra-ataque:

         - O senhor providenciou a fritada?

         - Já, sim, doutor.

         - De camarões bem grandes?

         - Daqueles legais, doutor.

         - Bem, então me vê um chinite, e pra ela... O que é que você quer, meu anjo?

         - Uma lasanha.

         - Traz um suco de laranja pra ela.

         Com o chopinho e o suco de laranja, veio a famosa fritada de camarão, que, para surpresa do restaurante inteiro, interessado no desenrolar dos acontecimentos, não foi recusada pela senhorita. A silenciosa manducação atestava, ainda uma vez, no mundo, a vitória do mais forte.

         - Estava uma coisa, hem? - comentou o pai, com um sorriso bem alimentado. – Sábado que vem, a gente repete... Combinado?

         - Agora a lasanha, não é, papai?

         - Eu estou satisfeito. Uns camarões tão geniais! Mas você vai comer mesmo?

         - Eu e você, tá?

         - Meu amor, eu...

         - Tem que me acompanhar, ouviu? Pede a lasanha.

O pai baixou a cabeça, chamou o garçom, pediu. Aí, um casal, na mesa vizinha, bateu palmas. O resto da sala acompanhou. O pai não sabia onde se meter. A garotinha, impassível. Se, na conjuntura, o poder jovem cambaleia, vem aí, com força total, o poder ultrajovem.

ANDRADE, Carlos Drummond. O poder ultrajovem. São Paulo: José Olympio, 2011.

 

 

Anteprojeto: esboço para o projeto

Condescender: ceder.

Amuar: ficar de mau humor.

Chinite: copo de chope.

Manducação: ato de mastigar.

 

4. As questões a seguir referem-se ao texto O poder ultrajovem.

a) Encontre cinco substantivos simples relacionados ao ambiente de um restaurante.

b) Quais substantivos compostos são empregados no texto?

c) Em sua opinião, o que pode ser interpretado quando o autor utiliza o substantivo composto operação-jantar? Explique.

 

- Faça a leitura do trecho abaixo, consultando o significado das palavras que não compreender.

Romeu e Julieta em cordel

Vasculhando alfarrábios

Desbotados na gaveta,

Deparei-me com a obra

Maior de todo o planeta:

É a shakespeariana

De Romeu e Julieta

 

Aconteceu na Itália,

Na cidade de Verona,

Esse sinistro episódio

Onde a obra menciona

Que sendo contra o amor

O ódio não funciona.

[...]

 

No castelo Capuleto

De laureado esplendor,

Tinha a Jovem Julieta,

Um verdadeiro primor,

A pureza de um anjo,

A candidez de uma flor.

[...]

 

Parecia um querubim

Enviado lá de cima

Para fazer do amor

A sua matéria-prima,

Merecendo das pessoas

A mais devotada estima.

 

No castelo dos Montéquios

Vivia o moço Romeu,

Que no regaço dos pais

Nasceu sadio e cresceu.

O Jovem mais elegante.

Que Verona conheceu.

[...]

Compareceram à festa,

A elite veronesa,

Rapazes, moças grã-finas,

A casta da realeza,

Altas personalidades

Da refinada nobreza.

[...]

 

MARINHO, Sebastião. Romeu e Julieta em cordel. [Adaptado da obra de] William Shakespeare. Apresentação de Marco Haurélio. Ilustrações de Murilo. São Paulo: Nova Alexandria, 201.

 

5. O trecho que você utiliza muitas inversões para realizar suas rimas e para qualificar os substantivos. Responda a seguir ao que se pede.

a) Localize e copie os adjetivos uniformes.

b) Localize e copie os adjetivos biformes.

 

6. O superlativo expressa um grau intenso na qualificação do substantivo. No cordel apresentado, há presença de superlativo, porém é possível transformar adjetivos para que adquiram esse grau também de forma absoluta. Transforme os adjetivos abaixo em superlativos absolutos, fazendo as modificações necessárias na frase.

a) O jovem mais elegante que Verona conheceu.

b) Altas personalidades da refinada nobreza.

c) Aconteceu na Itália, na cidade de Verona, esse sinistro episódio.

d) Vasculhando alfarrábios desbotados na gaveta.

e) Merecendo das pessoas a mais devotada estima.

1	2	3	4	5
C	B	B	E	B
6	7	8	9	10
D	C	A	E	A
11	12	13	14	15
C	C	B	D	E
16	17	18	19	20
A	A	B	C	C
21	22	23	24	25
B	B	D	A	E