- Leia o poema a seguir para responder às questões 1 a 3.
Acrobata
da Dor
Gargalha,
ri, num riso de tormenta,
Como um
palhaço, que desengonçado,
Nervoso,
ri, num riso absurdo, inflado,
De uma
ironia e de uma dor violenta.
Da
gargalhada atroz, sanguinolenta,
Agita
os guizos, e convulsionado
Salta gavroche,
salta clown, varado [garoto] [palhaço]
Pelo
estertor dessa agonia lenta...
Pedem-se
bis e um bis não se despreza!
Vamos!
retesa os músculos, retesa
Nessas
macabras piruetas d’aço...
E embora caias sobre o chão, fremente,
Afogado em teu sangue estuoso e quente
Ri! Coração, tristíssimo palhaço.
Cruz e Sousa. Broquéis, 1893.
QUESTÃO 01
Essa composição de
Cruz e Sousa incorpora elementos característicos do Simbolismo. Nela,
percebe-se um(a)
a) expressão nítida das emoções representadas, o que é incompatível com a
forma clássica do soneto.
b) afastamento das sensações e dos sentimentos humanos em sua real
dimensão, pois apelavam para imagens obscuras.
c) mistura de imagens contraditórias de riso e dor, utilizando metaforicamente
a imagem do palhaço.
d) desejo pela transcendência espiritual, uma vez que o eu lírico, como o
palhaço, está em desajuste com a realidade.
e) crítica à alienação social, o que se materializa pela imagem da plateia que pede repetições sistemáticas ao palhaço.
QUESTÃO 02
Os recursos
sonoros são amplamente utilizados pelos poetas simbolistas a fim de assegurar a
musicalidade do poema. No verso 1, percebe-se o emprego de um recurso denominado
a) aliteração.
b) onomatopeia.
c) rima interna.
d) paralelismo.
e) assonância.
QUESTÃO 03
Na última estrofe, o emprego da segunda pessoa do singular (“caias” e
“teu”) cumpre um papel fundamental na análise do poema, pois
a) refere-se ao coração como receptor com intuito de personificação.
b) coloca o emissor como interlocutor para sugestão de diálogo.
c) demonstra liberdade para transgressão das normas gramaticais.
d) aproxima o leitor da condição sentimental apresentada.
e) provoca diretamente a interlocução com o palhaço.
- Leia o texto a seguir para responder às
questões 4 e 5.
Virgília? Mas então era a mesma senhora que alguns anos depois...? A mesma; era justamente a senhora, que em 1869 devia assistir aos meus últimos dias, e que antes, muito antes, teve larga parte nas minhas mais íntimas sensações. Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos; era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça e, com certeza, a mais voluntariosa. Não digo que já lhe coubesse a primazia da beleza, entre as mocinhas do tempo, porque isto não é romance, em que o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas; mas também não digo que lhe maculasse o rosto nenhuma sarda ou espinha, não. Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário, eterno, que o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação. Era isto Virgília, e era clara, muito clara, faceira, ignorante, pueril, cheia de ímpetos misteriosos; muita preguiça e alguma devoção, – devoção, ou talvez medo; creio que medo.
Aí tem o leitor, em poucas linhas, o retrato
físico e moral da pessoa que devia influir mais tarde na minha vida; era aquilo
com dezesseis anos. Tu que me lês, se ainda fores viva, quando estas páginas
vierem à luz, tu que me lês Virgília amada, não reparas na diferença entre a linguagem
de hoje e a que primeiro empreguei quando te vi? Crê que era tão sincero então
como agora; a morte não me tornou rabugento, nem injusto.
– Mas, dirás tu, como é que
podes assim discernir a verdade daquele tempo, e exprimi-la depois de tantos anos?
Ah! indiscreta! ah! ignorantona!
ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de
Brás Cubas. 4. ed. São Paulo: Ática, 1973.
QUESTÃO 04
No período em que estão inseridas, as conjunções “porque” e “mas”
introduzem orações com valores de
a) causa e conclusão.
b) explicação e oposição.
c) consequência e oposição.
d) oposição e alternância.
e) conclusão e consequência.
QUESTÃO 05
No penúltimo parágrafo, a expressão “é que” foi usada para
a) funcionar como elemento que garanta a coesão entre as orações.
b) cumprir uma imposição normativa de ordem sintática.
c) expressar uma marca linguística da fala espontânea.
d) estabelecer um nexo de consequência entre as partes do texto.
e) introduzir uma causa para um fato anteriormente apresentado.
QUESTÃO 06
[...]
Considerei-me feliz no lugar de contínuo da redação do O Globo. Tinha
atravessado um grande braço de mar, agarrara-me a um ilhéu e não tinha coragem
de nadar de novo para a terra firme que barrava o horizonte a algumas centenas
de metros. Os mariscos bastavam-me e os insetos já se me tinham feito grossa a
pele... De tal maneira é forte o poder de nos iludirmos, que um ano depois
cheguei a ter até orgulho da minha posição. Senti-me muito mais que um contínuo
qualquer, mesmo mais que um, contínuo de ministro. As conversas da redação
tinham-me dado a convicção de que o doutor Loberant era o homem mais poderoso
do Brasil; fazia e desfazia ministros, demitia diretores, julgava juízes e o presidente.
Logo ao amanhecer, lia o seu jornal, para saber se tal ou qual ato seu tinha
tido o placet desejado do doutor Ricardo.
BARRETO, Lima. Recordações
do escrivão Isaías Caminha. 3. ed. São Paulo: Ática, 1994. p. 99.
O texto,
articulado com a obra, permite considerar que o narrador-personagem
a) se revela um ser humano desprovido de qualquer vaidade.
b) utiliza, no seu relato, uma linguagem essencialmente objetiva e precisa.
c) atribui tão somente aos outros a não realização de seus projetos de
vida.
d) mostra, com o relato de sua trajetória de vida, o ambiente social que
cerceia a ascensão social.
e) reconhece a atuação da imprensa de seu tempo como marcada pela ética e
pelo compromisso com o social.
- Leia o poema a seguir para responder às
questões 7 e 8.
Moraliza o Poeta nos Ocidentes do Sol as
Inconstâncias dos bens do Mundo.
Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,
Depois da Luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria.
Porém se
acaba o Sol, por que nascia?
Se formosa a Luz é, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto da pena assim se fia?
Mas no Sol, e na Luz falte a firmeza,
Na formosura não se dê constância,
E na alegria sinta-se tristeza.
Começa o mundo enfim pela ignorância,
E tem qualquer dos bens por natureza
A firmeza somente na inconstância.
GUERRA, Gregório de Matos. Antologia
poética. Rio de Janeiro: Ediouro, 1991. p. 84.
QUESTÃO 07
Na segunda
estrofe, a conjunção “porém”, a rigor, não serve propriamente para estabelecer
relação com a estrofe anterior. Após analisada a mensagem do poema, o emprego
dessa conjunção coordenativa constitui um recurso de linguagem para que o eu
lírico
a) explique a sua visão de mundo.
b) evidencie as contradições do mundo.
c) demonstre um estilo despojado de criação.
d) descreva como se dá a ignorância no mundo.
e) apresente sua proposta para mudar o mundo.
QUESTÃO 08
Releia:
Em tristes sombras
morre a formosura, / Em contínuas tristezas a alegria.
Nesses versos,
empregam-se dois mecanismos sintáticos conhecidos como
a) inversão e elipse.
b) repetição e antítese.
c) reiteração e paradoxo.
d) metáfora e omissão.
e) pleonasmo e hipérbato.
- Leia o texto para responder às questões 9 e 10:
O bonde abre a
viagem,
No banco ninguém,
Estou só, stou
sem.
Depois sobe um
homem,
No banco sentou,
Companheiro vou.
O bonde está
cheio,
De novo porém
Não sou mais
ninguém.
ANDRADE, M. Poesias
completas. Belo Horizonte: Itatiaia, 2005.
QUESTÃO 09
A estrutura
textual do Modernismo promoveu uma ruptura com o modelo tradicional da poesia
até aquele momento.
Um elemento de
ruptura presente no texto é a
a) estrutura de soneto.
b) utilização de prosaísmo.
c) categorização das metáforas.
d) presença da idealização.
e) ausência de sentido.
QUESTÃO 10
No verso “No banco
ninguém,”, há uma construção linguística que favorece a dinamicidade textual
pretendida pelos primeiros modernistas. A dinamicidade nesse verso,
especificamente, é alcançada por meio da ausência de
a) conjunção.
b) pronome.
c) verbo.
d) preposição.
e) artigo.
QUESTÃO 11
O fragmento remete
a uma composição poética inspirada no Futurismo das vanguardas modernistas,
pois
a) propõe a ruptura com a racionalidade.
b) configura um lirismo ausente de emotividade.
c) extrai do repertório científico estética expressiva.
d) sugere uma literatura a serviço da indústria emergente.
e) revela o desencanto do eu lírico ante o contexto de guerra.
QUESTÃO 12
O trovador
Sentimentos em mim
do asperamente
dos homens das
primeiras eras...
As primaveras do
sarcasmo
intermitentemente
no meu coração arlequinal...
Intermitentemente...
Outras vezes é um
doente, um frio
na minha alma
doente como um longo som redondo...
Cantabona!
Cantabona!
Dlorom...
Sou um tupi
tangendo um alaúde!
ANDRADE, M. In: MANFIO, D. Z. (Org.) Poesias completas de Mário de Andrade. Belo Horizonte: Itatiaia, 2005.
Cara ao
Modernismo, a questão da identidade nacional é recorrente na prosa e na poesia
de Mário de Andrade. Em O trovador, esse aspecto é
a) abordado subliminarmente, por meio de expressões como “coração
arlequinal” que, evocando o carnaval, remete à brasilidade.
b) verificado já no título, que remete aos repentistas nordestinos, estudados
por Mário de Andrade em suas viagens e pesquisas folclóricas.
c) lamentado pelo eu lírico, tanto no uso de expressões como “Sentimentos
em mim do asperamente” (v. 1), “frio” (v. 6), “alma doente” (v. 7), como pelo
som triste do alaúde “Dlorom” (v. 9).
d) problematizado na oposição tupi (selvagem) x alaúde (civilizado),
apontando a síntese nacional que seria proposta no Manifesto Antropófago, de
Oswald de Andrade.
e) exaltado pelo eu lírico, que evoca os “sentimentos dos homens das
primeiras eras” para mostrar o orgulho brasileiro por suas raízes indígenas.
QUESTÃO 13
Essa vanguarda
baseia-se na crença na realidade superior das formas específicas de associação,
antes negligenciadas, na onipotência dos sonhos e no jogo desinteressado do
pensamento. André Breton, seu principal teórico, afirmou que o propósito dessa
vanguarda era “resolver a contradição até agora vigente entre sonho e realidade
pela criação de uma realidade absoluta, uma suprarrealidade.”
Ian Chilvers
(org.). Dicionário Oxford de arte, 2007. Adaptado.
O texto trata de
uma vanguarda que influenciou inúmeros escritores do Modernismo brasileiro,
qual seja,
a) o Futurismo.
b) o Surrealismo.
c) o Realismo.
d) o Simbolismo.
e) o Cubismo.
QUESTÃO 14
Atente para estes
versos de Oswald de Andrade, do poema Balada do Esplanada:
Pra m’inspirar
Abro a janela
Como um jornal
Vou fazer
A balada
Do Esplanada
E ficar sendo
O menestrel
De meu hotel
Expressa-se nesses
versos a convicção de que a poesia
a) eleva-se, efetivamente, à altura dos arranha-céus, graças à
potencialidade renovada de sua retórica simbolista.
b) recupera, no período pré-modernista, a figuração dos ideais republicanos
promovidos nas campanhas dos jornais.
c) atualiza a importância histórica dos poetas medievais, que voltam a
influenciar as bases mesmas da nova estética.
d) volta-se, agora, para a representação mais comunicativa da realidade
cotidiana, em linguagem próxima da prosa.
e) revoluciona-se radicalmente, apoiada agora num estilo literário mais
aristocrático e numa visão transfiguradora da realidade.
QUESTÃO 15
Os inovadores, na
fase de afirmação, que se costuma chamar “heroica”, não podiam ver o Brasil que
não fosse ou a São Paulo arlequinal, espaço da modernidade, ou o território
mítico de Macunaíma e da Antropofagia [...].
No segmento acima,
o crítico e historiador Alfredo Bosi considera que o Modernismo de 22
a) abarcava, em seu núcleo básico, todas as tendências e variantes
estéticas, culturais e regionais do diversificado Brasil daquela época.
b) privilegiava os fundamentos mais ousados das vanguardas estéticas, com
raízes na história e na mitologia das nações europeias.
c) dividia-se entre os compromissos com uma cultura local, de caráter renovador, e a tendência para uma fabulação imaginativa e heroica.
d) negligenciava os aspectos propriamente estéticos da revolução prometida,
valorizando antes as condições históricas daquele momento nacional.
e) hesitava entre abraçar um projeto moderno, de caráter nacionalista, e a
retomada nostálgica de um sentimento nacionalista romântico.
QUESTÃO 16
Há duas espécies
de artistas. Uma composta dos que veem normalmente as coisas e, em
consequência, fazem arte pura, guardando os eternos ritmos da vida e adotando,
para a concretização das emoções estéticas, os processos clássicos dos grandes
mestres. A outra espécie é formada dos que interpretam à luz de teorias efêmeras,
sob a sugestão estrábica excessiva. São produtos do cansaço e do sadismo de
todos os períodos de decadência: são frutos de fim de estação, bichados ao nascedouro.
Estrelas cadentes brilham um instante, as mais das vezes com luz do escândalo,
e somem-se logo nas trevas do esquecimento. Embora eles se deem como novos,
precursores duma arte a vir, nada é mais velha do que a arte anormal ou
teratológica: nasceu com a paranoia e com a mistificação [...].
LOBATO, Monteiro.
In: BRITO, Mário da Silva. História do Modernismo Brasileiro: Antecedentes
da Semana de Arte Moderna. Rio de Janeiro Civilização Brasileira, 1971
(adaptado).
O texto apresenta
críticas feitas por Monteiro Lobato à pintura moderna de Anita Malfatti que
evidenciam um(a)
a) atitude irracional, violenta e misógina.
b) grande preocupação com o futuro da arte impressionista.
c) postura conservadora em relação aos conceitos artísticos.
d) total desconhecimento sobre o conceito do belo em arte.
e) visão xenófoba ao rejeitar a arte acadêmica.
- Leia o texto a seguir para responder às
questões 17 e 18.
Só a antropofagia nos une. Socialmente.
Economicamente. Filosoficamente.
Única lei do mundo. Expressão mascarada de
todos os individualismos, de todos os coletivos. De todas as religiões. De
todos os tratados de paz.
Tupy,
or not tupy, that is the question.
Só me interessa o que não é meu. Lei do
homem. Lei do antropófago.
ANDRADE, Oswald de. Manifesto Antropofágico,
1928. In: CEREJA, William;
MAGALHÃES, Thereza. Português Linguagens. 4. ed. São Paulo: Atual, 2004. p. 65.
QUESTÃO 17
Em oposição direta
às manifestações da Escola da Anta, que tinha por premissa um nacionalismo
ufanista, o Movimento Antropofágico, iniciado pela relação entre a pintura
apresentada de Tarsila do Amaral, Abaporu, e o Manifesto Antropofágico nele
inspirado e acima citado, propunha a
a) deglutição simbólica da cultura estrangeira.
b) tolerância em relação à cultura estrangeira.
c) inspiração na cultura estrangeira.
d) submissão à cultura estrangeira.
e) negação da cultura estrangeira.
QUESTÃO 18
Abaporu incorpora a antropofagia
evidenciada no trecho do Manifesto Antropofágico acima citado e na
representação
a) romântico-idealista de inspiração nas vanguardas europeias e de tema
nacional.
b) figurativa inspirada na tradição da Academia de Belas Artes a partir de
técnicas de representação clássica.
c) abstrata inspirada nas vanguardas europeias, especialmente o
expressionismo, e tema nacional baseado no primitivismo crítico.
d) figurativa com técnicas do romantismo francês e tema baseado no
primitivismo crítico.
e) pitoresca de inspiração classicista e de nacionalismo crítico.
QUESTÃO 19
Nas quatro décadas
de transição entre os séculos XIX e XX (1885-1925), paralelamente à expansão acelerada
da industrialização, dos fluxos migratórios e de maciços investimentos em
benfeitorias e prédios urbanos, propiciados pela valorização crescente do café,
constitui-se na cidade de São Paulo um embrião avantajado de mercado de arte,
dotado das principais características de seus congêneres estrangeiros.
MICELI, Sergio.
Nacional Estrangeiro. História social e cultural do modernismo artístico em
São Paulo. São Paulo: Companhia das Letras/Fapesp, 2003, p. 21.
Observando-se a
produção literária do final do século XIX e início do século XX, é preciso
destacar o amadurecimento consagrador desses dois prosadores brasileiros, mestres
do estilo e observadores realistas da realidade do país, voltados um para
a) a configuração da vida social do Rio de Janeiro e o outro para um
testemunho épico da tragédia de Canudos.
b) o fenômeno migratório dos nordestinos e o outro para a consolidação da
República.
c) a implantação da escola simbolista e o outro para a consolidação do
parnasianismo.
d) a abolição da escravatura e o outro para a implantação da escola
literária conhecida como pré-modernismo.
e) o registro do progresso industrial e o outro para romancear o final do
ciclo da cana-de-açúcar.
QUESTÃO 20
No fundo do mato virgem
nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Já na meninice fez coisas de
sarapantar. De primeiro: passou mais de seis anos não falando. Se o incitavam a
falar, exclamava: – Ai que preguiça!... e não dizia mais nada. Quando era pra
dormir trepava no macuru pequeninho sempre se esquecendo de mijar. Como a rede
da mãe estava por debaixo do berço, o herói mijava quente na velha, espantando
os mosquitos bem. Então adormecia sonhando palavras feias, imoralidades estrambólicas
e dava patadas no ar.
Adaptado de: ANDRADE,
M. Macunaíma. Rio de Janeiro: Agir, 2008. p. 7.
Enquanto produção
cultural, o Modernismo procurava reconhecer as identidades que formavam o povo
brasileiro. Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a presença da
temática indígena no movimento, tendo por modelo o romance de Mário de Andrade.
a) A utilização da temática indígena configurava um projeto nacional de
busca dos valores nativos para a formação da identidade brasileira, na época.
b) Como herói indígena, Macunaíma difere das representações românticas, já que ele figura como um anti-herói, um personagem de ações valorosas, mas também vis.
c) Macunaíma se insere no racismo corrente no início do século XX, que via
uma animalidade no indígena, considerado coisa, e não gente.
d) O indígena foi considerado pelos modernistas como único representante da
identidade brasileira, pois sua cultura era vista como pura e sem interferência
de outros povos.
e) O trecho reafirma a característica histórico-antropológica do
patriarcado brasileiro, que compreendia o indígena como um incivilizado puro e
ingênuo.
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