25 agosto 2023

AVALIAÇÃO BIMESTRAL 3 - 2ª SÉRIE 2023

- Leia o poema a seguir para responder às questões 1 a 3.

Acrobata da Dor

Gargalha, ri, num riso de tormenta,

Como um palhaço, que desengonçado,

Nervoso, ri, num riso absurdo, inflado,

De uma ironia e de uma dor violenta.

 

Da gargalhada atroz, sanguinolenta,

Agita os guizos, e convulsionado

Salta gavroche, salta clown, varado [garoto] [palhaço]

Pelo estertor dessa agonia lenta...

 

Pedem-se bis e um bis não se despreza!

Vamos! retesa os músculos, retesa

Nessas macabras piruetas d’aço...

 

E embora caias sobre o chão, fremente,

Afogado em teu sangue estuoso e quente

Ri! Coração, tristíssimo palhaço.

Cruz e Sousa. Broquéis, 1893.


QUESTÃO 01

Essa composição de Cruz e Sousa incorpora elementos característicos do Simbolismo. Nela, percebe-se um(a)

a) expressão nítida das emoções representadas, o que é incompatível com a forma clássica do soneto.

b) afastamento das sensações e dos sentimentos humanos em sua real dimensão, pois apelavam para imagens obscuras.

c) mistura de imagens contraditórias de riso e dor, utilizando metaforicamente a imagem do palhaço.

d) desejo pela transcendência espiritual, uma vez que o eu lírico, como o palhaço, está em desajuste com a realidade.

e) crítica à alienação social, o que se materializa pela imagem da plateia que pede repetições sistemáticas ao palhaço.

 

QUESTÃO 02

Os recursos sonoros são amplamente utilizados pelos poetas simbolistas a fim de assegurar a musicalidade do poema. No verso 1, percebe-se o emprego de um recurso denominado

a) aliteração.

b) onomatopeia.

c) rima interna.

d) paralelismo.

e) assonância.

 

QUESTÃO 03

Na última estrofe, o emprego da segunda pessoa do singular (“caias” e “teu”) cumpre um papel fundamental na análise do poema, pois

a) refere-se ao coração como receptor com intuito de personificação.

b) coloca o emissor como interlocutor para sugestão de diálogo.

c) demonstra liberdade para transgressão das normas gramaticais.

d) aproxima o leitor da condição sentimental apresentada.

e) provoca diretamente a interlocução com o palhaço.

 

- Leia o texto a seguir para responder às questões 4 e 5.

Virgília? Mas então era a mesma senhora que alguns anos depois...? A mesma; era justamente a senhora, que em 1869 devia assistir aos meus últimos dias, e que antes, muito antes, teve larga parte nas minhas mais íntimas sensações. Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos; era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça e, com certeza, a mais voluntariosa. Não digo que já lhe coubesse a primazia da beleza, entre as mocinhas do tempo, porque isto não é romance, em que o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas; mas também não digo que lhe maculasse o rosto nenhuma sarda ou espinha, não. Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário, eterno, que o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação. Era isto Virgília, e era clara, muito clara, faceira, ignorante, pueril, cheia de ímpetos misteriosos; muita preguiça e alguma devoção, – devoção, ou talvez medo; creio que medo.

Aí tem o leitor, em poucas linhas, o retrato físico e moral da pessoa que devia influir mais tarde na minha vida; era aquilo com dezesseis anos. Tu que me lês, se ainda fores viva, quando estas páginas vierem à luz, tu que me lês Virgília amada, não reparas na diferença entre a linguagem de hoje e a que primeiro empreguei quando te vi? Crê que era tão sincero então como agora; a morte não me tornou rabugento, nem injusto.

– Mas, dirás tu, como é que podes assim discernir a verdade daquele tempo, e exprimi-la depois de tantos anos?

Ah! indiscreta! ah! ignorantona!

ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. 4. ed. São Paulo: Ática, 1973.

 

QUESTÃO 04

No período em que estão inseridas, as conjunções “porque” e “mas” introduzem orações com valores de

a) causa e conclusão.

b) explicação e oposição.

c) consequência e oposição.

d) oposição e alternância.

e) conclusão e consequência.

 

QUESTÃO 05

No penúltimo parágrafo, a expressão “é que” foi usada para

a) funcionar como elemento que garanta a coesão entre as orações.

b) cumprir uma imposição normativa de ordem sintática.

c) expressar uma marca linguística da fala espontânea.

d) estabelecer um nexo de consequência entre as partes do texto.

e) introduzir uma causa para um fato anteriormente apresentado.

 

QUESTÃO 06

[...] Considerei-me feliz no lugar de contínuo da redação do O Globo. Tinha atravessado um grande braço de mar, agarrara-me a um ilhéu e não tinha coragem de nadar de novo para a terra firme que barrava o horizonte a algumas centenas de metros. Os mariscos bastavam-me e os insetos já se me tinham feito grossa a pele... De tal maneira é forte o poder de nos iludirmos, que um ano depois cheguei a ter até orgulho da minha posição. Senti-me muito mais que um contínuo qualquer, mesmo mais que um, contínuo de ministro. As conversas da redação tinham-me dado a convicção de que o doutor Loberant era o homem mais poderoso do Brasil; fazia e desfazia ministros, demitia diretores, julgava juízes e o presidente. Logo ao amanhecer, lia o seu jornal, para saber se tal ou qual ato seu tinha tido o placet desejado do doutor Ricardo.

BARRETO, Lima. Recordações do escrivão Isaías Caminha. 3. ed. São Paulo: Ática, 1994. p. 99.

 

O texto, articulado com a obra, permite considerar que o narrador-personagem

a) se revela um ser humano desprovido de qualquer vaidade.

b) utiliza, no seu relato, uma linguagem essencialmente objetiva e precisa.

c) atribui tão somente aos outros a não realização de seus projetos de vida.

d) mostra, com o relato de sua trajetória de vida, o ambiente social que cerceia a ascensão social.

e) reconhece a atuação da imprensa de seu tempo como marcada pela ética e pelo compromisso com o social.

 

- Leia o poema a seguir para responder às questões 7 e 8.

Moraliza o Poeta nos Ocidentes do Sol as Inconstâncias dos bens do Mundo.

Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,

Depois da Luz se segue a noite escura,

Em tristes sombras morre a formosura,

Em contínuas tristezas a alegria.

 

Porém se acaba o Sol, por que nascia?

Se formosa a Luz é, por que não dura?

Como a beleza assim se transfigura?

Como o gosto da pena assim se fia?

 

Mas no Sol, e na Luz falte a firmeza,

Na formosura não se dê constância,

E na alegria sinta-se tristeza.

 

Começa o mundo enfim pela ignorância,

E tem qualquer dos bens por natureza

A firmeza somente na inconstância.

GUERRA, Gregório de Matos. Antologia poética. Rio de Janeiro: Ediouro, 1991. p. 84.

 

 

QUESTÃO 07

Na segunda estrofe, a conjunção “porém”, a rigor, não serve propriamente para estabelecer relação com a estrofe anterior. Após analisada a mensagem do poema, o emprego dessa conjunção coordenativa constitui um recurso de linguagem para que o eu lírico

a) explique a sua visão de mundo.

b) evidencie as contradições do mundo.

c) demonstre um estilo despojado de criação.

d) descreva como se dá a ignorância no mundo.

e) apresente sua proposta para mudar o mundo.

 

QUESTÃO 08

Releia:

Em tristes sombras morre a formosura, / Em contínuas tristezas a alegria.

 

Nesses versos, empregam-se dois mecanismos sintáticos conhecidos como

a) inversão e elipse.

b) repetição e antítese.

c) reiteração e paradoxo.

d) metáfora e omissão.

e) pleonasmo e hipérbato.

 

- Leia o texto para responder às questões 9 e 10:

O bonde abre a viagem,

No banco ninguém,

Estou só, stou sem.

Depois sobe um homem,

No banco sentou,

Companheiro vou.

O bonde está cheio,

De novo porém

Não sou mais ninguém.

ANDRADE, M. Poesias completas. Belo Horizonte: Itatiaia, 2005.

 

QUESTÃO 09

A estrutura textual do Modernismo promoveu uma ruptura com o modelo tradicional da poesia até aquele momento.

Um elemento de ruptura presente no texto é a

a) estrutura de soneto.

b) utilização de prosaísmo.

c) categorização das metáforas.

d) presença da idealização.

e) ausência de sentido.

 

QUESTÃO 10

No verso “No banco ninguém,”, há uma construção linguística que favorece a dinamicidade textual pretendida pelos primeiros modernistas. A dinamicidade nesse verso, especificamente, é alcançada por meio da ausência de

a) conjunção.

b) pronome.

c) verbo.

d) preposição.

e) artigo.

 

QUESTÃO 11



O fragmento remete a uma composição poética inspirada no Futurismo das vanguardas modernistas, pois

a) propõe a ruptura com a racionalidade.

b) configura um lirismo ausente de emotividade.

c) extrai do repertório científico estética expressiva.

d) sugere uma literatura a serviço da indústria emergente.

e) revela o desencanto do eu lírico ante o contexto de guerra.

 

QUESTÃO 12

O trovador

Sentimentos em mim do asperamente

dos homens das primeiras eras...

As primaveras do sarcasmo

intermitentemente no meu coração arlequinal...

Intermitentemente...

Outras vezes é um doente, um frio

na minha alma doente como um longo som redondo...

Cantabona! Cantabona!

Dlorom...

Sou um tupi tangendo um alaúde!

ANDRADE, M. In: MANFIO, D. Z. (Org.) Poesias completas de Mário de Andrade. Belo Horizonte: Itatiaia, 2005.

 

Cara ao Modernismo, a questão da identidade nacional é recorrente na prosa e na poesia de Mário de Andrade. Em O trovador, esse aspecto é

a) abordado subliminarmente, por meio de expressões como “coração arlequinal” que, evocando o carnaval, remete à brasilidade.

b) verificado já no título, que remete aos repentistas nordestinos, estudados por Mário de Andrade em suas viagens e pesquisas folclóricas.

c) lamentado pelo eu lírico, tanto no uso de expressões como “Sentimentos em mim do asperamente” (v. 1), “frio” (v. 6), “alma doente” (v. 7), como pelo som triste do alaúde “Dlorom” (v. 9).

d) problematizado na oposição tupi (selvagem) x alaúde (civilizado), apontando a síntese nacional que seria proposta no Manifesto Antropófago, de Oswald de Andrade.

e) exaltado pelo eu lírico, que evoca os “sentimentos dos homens das primeiras eras” para mostrar o orgulho brasileiro por suas raízes indígenas.

 

 

QUESTÃO 13

Essa vanguarda baseia-se na crença na realidade superior das formas específicas de associação, antes negligenciadas, na onipotência dos sonhos e no jogo desinteressado do pensamento. André Breton, seu principal teórico, afirmou que o propósito dessa vanguarda era “resolver a contradição até agora vigente entre sonho e realidade pela criação de uma realidade absoluta, uma suprarrealidade.”

Ian Chilvers (org.). Dicionário Oxford de arte, 2007. Adaptado.

 

O texto trata de uma vanguarda que influenciou inúmeros escritores do Modernismo brasileiro, qual seja,

a) o Futurismo.

b) o Surrealismo.

c) o Realismo.

d) o Simbolismo.

e) o Cubismo.

 

QUESTÃO 14

Atente para estes versos de Oswald de Andrade, do poema Balada do Esplanada:

Pra m’inspirar

Abro a janela

Como um jornal

Vou fazer

A balada

Do Esplanada

E ficar sendo

O menestrel

De meu hotel

 

Expressa-se nesses versos a convicção de que a poesia

a) eleva-se, efetivamente, à altura dos arranha-céus, graças à potencialidade renovada de sua retórica simbolista.

b) recupera, no período pré-modernista, a figuração dos ideais republicanos promovidos nas campanhas dos jornais.

c) atualiza a importância histórica dos poetas medievais, que voltam a influenciar as bases mesmas da nova estética.

d) volta-se, agora, para a representação mais comunicativa da realidade cotidiana, em linguagem próxima da prosa.

e) revoluciona-se radicalmente, apoiada agora num estilo literário mais aristocrático e numa visão transfiguradora da realidade.

 

 

QUESTÃO 15

Os inovadores, na fase de afirmação, que se costuma chamar “heroica”, não podiam ver o Brasil que não fosse ou a São Paulo arlequinal, espaço da modernidade, ou o território mítico de Macunaíma e da Antropofagia [...].

 

No segmento acima, o crítico e historiador Alfredo Bosi considera que o Modernismo de 22

a) abarcava, em seu núcleo básico, todas as tendências e variantes estéticas, culturais e regionais do diversificado Brasil daquela época.

b) privilegiava os fundamentos mais ousados das vanguardas estéticas, com raízes na história e na mitologia das nações europeias.

c) dividia-se entre os compromissos com uma cultura local, de caráter renovador, e a tendência para uma fabulação imaginativa e heroica.

d) negligenciava os aspectos propriamente estéticos da revolução prometida, valorizando antes as condições históricas daquele momento nacional.

e) hesitava entre abraçar um projeto moderno, de caráter nacionalista, e a retomada nostálgica de um sentimento nacionalista romântico.

 

QUESTÃO 16

Há duas espécies de artistas. Uma composta dos que veem normalmente as coisas e, em consequência, fazem arte pura, guardando os eternos ritmos da vida e adotando, para a concretização das emoções estéticas, os processos clássicos dos grandes mestres. A outra espécie é formada dos que interpretam à luz de teorias efêmeras, sob a sugestão estrábica excessiva. São produtos do cansaço e do sadismo de todos os períodos de decadência: são frutos de fim de estação, bichados ao nascedouro. Estrelas cadentes brilham um instante, as mais das vezes com luz do escândalo, e somem-se logo nas trevas do esquecimento. Embora eles se deem como novos, precursores duma arte a vir, nada é mais velha do que a arte anormal ou teratológica: nasceu com a paranoia e com a mistificação [...].

LOBATO, Monteiro. In: BRITO, Mário da Silva. História do Modernismo Brasileiro: Antecedentes da Semana de Arte Moderna. Rio de Janeiro Civilização Brasileira, 1971 (adaptado).

 

O texto apresenta críticas feitas por Monteiro Lobato à pintura moderna de Anita Malfatti que evidenciam um(a)

a) atitude irracional, violenta e misógina.

b) grande preocupação com o futuro da arte impressionista.

c) postura conservadora em relação aos conceitos artísticos.

d) total desconhecimento sobre o conceito do belo em arte.

e) visão xenófoba ao rejeitar a arte acadêmica.

 

- Leia o texto a seguir para responder às questões 17 e 18.

Só a antropofagia nos une. Socialmente. Economi­camente. Filosoficamente.

Única lei do mundo. Expressão mascarada de todos os individualismos, de todos os coletivos. De todas as religiões. De todos os tratados de paz.

Tupy, or not tupy, that is the question.

Só me interessa o que não é meu. Lei do homem. Lei do antropófago.

ANDRADE, Oswald de. Manifesto Antropofágico, 1928. In: CEREJA, William; MAGALHÃES, Thereza. Português Linguagens. 4. ed. São Paulo: Atual, 2004. p. 65.

 


QUESTÃO 17

Em oposição direta às manifestações da Escola da Anta, que tinha por premissa um nacionalismo ufanista, o Movimento Antropofágico, iniciado pela relação entre a pintura apresentada de Tarsila do Amaral, Abaporu, e o Manifesto Antropofágico nele inspirado e acima citado, propunha a

a) deglutição simbólica da cultura estrangeira.

b) tolerância em relação à cultura estrangeira.

c) inspiração na cultura estrangeira.

d) submissão à cultura estrangeira.

e) negação da cultura estrangeira.

 

 

QUESTÃO 18

Abaporu incorpora a antropofagia evidenciada no trecho do Manifesto Antropofágico acima citado e na representação

a) romântico-idealista de inspiração nas vanguardas europeias e de tema nacional.

b) figurativa inspirada na tradição da Academia de Belas Artes a partir de técnicas de representação clássica.

c) abstrata inspirada nas vanguardas europeias, especialmente o expressionismo, e tema nacional baseado no primitivismo crítico.

d) figurativa com técnicas do romantismo francês e tema baseado no primitivismo crítico.

e) pitoresca de inspiração classicista e de nacionalismo crítico.

 

QUESTÃO 19

Nas quatro décadas de transição entre os séculos XIX e XX (1885-1925), paralelamente à expansão acelerada da industrialização, dos fluxos migratórios e de maciços investimentos em benfeitorias e prédios urbanos, propiciados pela valorização crescente do café, constitui-se na cidade de São Paulo um embrião avantajado de mercado de arte, dotado das principais características de seus congêneres estrangeiros.

MICELI, Sergio. Nacional Estrangeiro. História social e cultural do modernismo artístico em São Paulo. São Paulo: Companhia das Letras/Fapesp, 2003, p. 21.

 

Observando-se a produção literária do final do século XIX e início do século XX, é preciso destacar o amadurecimento consagrador desses dois prosadores brasileiros, mestres do estilo e observadores realistas da realidade do país, voltados um para

a) a configuração da vida social do Rio de Janeiro e o outro para um testemunho épico da tragédia de Canudos.

b) o fenômeno migratório dos nordestinos e o outro para a consolidação da República.

c) a implantação da escola simbolista e o outro para a consolidação do parnasianismo.

d) a abolição da escravatura e o outro para a implantação da escola literária conhecida como pré-modernismo.

e) o registro do progresso industrial e o outro para romancear o final do ciclo da cana-de-açúcar.

 

QUESTÃO 20

No fundo do mato virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Já na meninice fez coisas de sarapantar. De primeiro: passou mais de seis anos não falando. Se o incitavam a falar, exclamava: – Ai que preguiça!... e não dizia mais nada. Quando era pra dormir trepava no macuru pequeninho sempre se esquecendo de mijar. Como a rede da mãe estava por debaixo do berço, o herói mijava quente na velha, espantando os mosquitos bem. Então adormecia sonhando palavras feias, imoralidades estrambólicas e dava patadas no ar.

Adaptado de: ANDRADE, M. Macunaíma. Rio de Janeiro: Agir, 2008. p. 7.

 

Enquanto produção cultural, o Modernismo procurava reconhecer as identidades que formavam o povo brasileiro. Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a presença da temática indígena no movimento, tendo por modelo o romance de Mário de Andrade.

a) A utilização da temática indígena configurava um projeto nacional de busca dos valores nativos para a formação da identidade brasileira, na época.

b) Como herói indígena, Macunaíma difere das representações românticas, já que ele figura como um anti-herói, um personagem de ações valorosas, mas também vis.

c) Macunaíma se insere no racismo corrente no início do século XX, que via uma animalidade no indígena, considerado coisa, e não gente.

d) O indígena foi considerado pelos modernistas como único representante da identidade brasileira, pois sua cultura era vista como pura e sem interferência de outros povos.

e) O trecho reafirma a característica histórico-antropológica do patriarcado brasileiro, que compreendia o indígena como um incivilizado puro e ingênuo.

 

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