QUESTÃO 01
Imagem para a questão a seguir.
Contraventor: aquele que infringe leis ou
regulamentos; infrator, transgressor.
As tirinhas baseiam a sua construção na
quebra de expectativa que conduz ao riso e à reflexão. Uma quebra de
expectativa presente na tirinha consiste no fato de
a) o animal ser capaz de se expressar oralmente.
b) a tirinha reproduzir fielmente a linguagem jornalística.
c) o tom de certeza comum ao jornal ser desconstruído.
d) o leitor ter de preencher o entendimento da tirinha.
QUESTÃO 02
De forma simplista, define-se o sujeito
como aquele que pratica a ação. Na tirinha, a oração “Supostos contraventores
teriam sido detidos por prováveis suspeitas” desmente essa definição, pois
a) constitui uma situação em que a oração não tem sujeito.
b) houve concordância entre a locução verbal e o sujeito.
c) ocorre indeterminação do agente da ação de deter.
d) o sujeito se coloca como paciente da ação de ser detido.
QUESTÃO 03
A língua portuguesa não contempla o uso
da locução prepositiva “a nível de”. Sem prejuízo de sentido, ela poderia ser
substituída por:
a) por causa de.
b) apesar de.
c) de acordo com.
d) a respeito de.
QUESTÃO 04
No último quadrinho, as palavras “para”
e “de” cumprem o mesmo propósito na organização textual, porque
a) conectam outras palavras.
b) completam o sentido do enunciado.
c) substituem palavras já mencionadas.
d) expressam circunstâncias ao verbo.
QUESTÃO 05
O menino que carregava água na peneira
Tenho um livro sobre águas e meninos.
Gostei mais de um menino
que carregava água na peneira.
A mãe disse que carregar água na peneira
era o mesmo que roubar um vento e
sair
correndo com ele para mostrar aos irmãos.
A mãe disse que era o mesmo
que catar espinhos na água.
O mesmo que criar peixes no bolso.
O menino era ligado em despropósitos.
Quis montar os alicerces
de uma casa sobre orvalhos.
A mãe reparou que o menino
gostava mais do vazio, do que do cheio.
Falava que vazios são maiores e até
infinitos.
Com o tempo descobriu que
escrever seria o mesmo
que carregar água na peneira.
No escrever o menino viu
que era capaz de ser noviça,
monge ou mendigo ao mesmo tempo.
Foi capaz de modificar a tarde botando uma
chuva nela.
O menino fazia prodígios.
Até
fez uma pedra dar flor.
A mãe reparava o menino com ternura.
A mãe falou: Meu filho você vai ser poeta!
Você vai carregar água na peneira a vida
toda.
Você vai encher os vazios
com as suas peraltagens,
e algumas pessoas vão te amar por seus despropósitos!
(BARROS, Manoel de. Meu quintal é maior do
que o mundo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2015. p. 114.)
No poema de Manoel de Barros, mais
especificamente no verso “até fez uma pedra dar flor” (v. 24), a relação do
poeta com a representação da realidade pode ser entendida como
a) cópia.
b) negação.
c) releitura.
d) aceitação.
QUESTÃO 06
Quando estudamos os pronomes pessoais,
aprendemos que os retos, basicamente, funcionam como sujeito e que os oblíquos
não atuam como sujeito. A respeito disso, o pronome “ele”, nos versos
transcritos acima,
a) desrespeita as normas gramaticais, pois o pronome
reto está deslocado de sua função.
b) demonstra inovação linguística, pois o pronome reto
deixa de atuar como sujeito.
c) é analisado como oblíquo tônico, pois não atua como
sujeito e é antecedido por preposição.
d) obedece às normas gramaticais, pois permanece pronome
reto mesmo não sendo sujeito.
QUESTÃO 07
Caso o verso “Tenho um livro sobre águas e
meninos.” fosse escrito com a presença do adjetivo “misterioso” na
caracterização dos substantivos, obteríamos, segundo a norma-padrão, a seguinte
redação:
a) Tenho um livro sobre águas e meninos misteriosos.
b) Tenho um livro sobre misteriosos águas e meninos.
c) Tenho um livro sobre águas e meninos misteriosas.
d) Tenho um livro sobre águas misteriosas e meninos.
QUESTÃO 08
O predicado nominal contribui, na organização
textual, para a caracterização do sujeito. Um exemplo desse tipo de recurso
está presente em:
a) “sair correndo com ele para mostrar aos irmãos.” (v. 6)
b) “Quis montar os alicerces” (v. 11)
c) “que era capaz de ser noviça,” (v. 20)
d) “A mãe reparava o menino com ternura.” (v. 25)
QUESTÃO 09
Ao longo dos estudos da sintaxe, veremos que
a preposição exerce papel relevante na introdução de diversos termos da oração.
O termo introduzido por uma preposição com valor de causa está sublinhado em:
a) “Gostei mais de um menino” (v. 2)
b) “O menino era ligado em despropósitos.” (v. 10)
c) “A mãe reparava o menino com ternura.” (v. 25)
d) “e algumas pessoas vão te amar por seus despropósitos!”
(v. 30)
QUESTÃO 10
A regra que exige a acentuação do substantivo
“despropósitos” repete-se em
a) possível.
b) tímpano.
c) cafézinho.
d) ambíguo.