12 maio 2022

PRECONCEITO LINGUÍSTICO

 

Médico debocha de paciente na internet: “Não existe peleumonia”

 

Médico e duas funcionárias foram afastados após postagem em rede social.
Guilherme Capel disse que não teve intenção de ofender e pediu desculpas.

 

Um médico plantonista no Hospital Santa Rosa de Lima, em Serra Negra (SP), foi afastado do trabalho após ter uma foto sua publicada numa rede social com o título “Uma imagem fala mais que mil palavras”. Na foto, Guilherme Capel Pasqua mostra o receituário médico com o seguinte dizer: “Não existe peleumonia e nem raôxis”.

Durante a tarde, o médico enviou ao G1 um comunicado em que pede desculpas a todos que se ofenderam com a postagem.

Médico também comentou na foto


 

Vinte minutos antes da postagem, na quarta-feira (27), o médico havia atendido o mecânico José Mauro de Oliveira Lima, 42 anos, que estudou até o segundo ano do ensino fundamental e não sabe como falar corretamente algumas palavras.

Seu enteado, o eletricista Claudemir Thomaz Maciel da Silva, de 25 anos, o acompanhava na consulta e revela que, assim que souberam o diagnóstico, o mecânico perguntou sobre o tratamento para a “peleumonia”. A reação do médico não foi muito profissional, afirma Claudemir.

“Quando meu padrasto falou pneumonia e raios X de forma errada, ele deu risada. Na hora, não desconfiamos que ele iria debochar depois na internet. O que ele fez foi absurdo. O procurei e escrevi para ele na rede social que, independente dele ser doutor, não existe faculdade para formar caráter. Assim que ele viu minha postagem, apagou a foto.  Ele não quis conversar com a gente”, diz Claudemir.

O eletricista conta que o padrasto ainda não sabe que virou assunto na internet e teme pela reação dele. Claudemir diz que o mecânico não pôde estudar por falta de dinheiro.

“Meu padrasto não sabe falar direito porque não teve estudo. Ele vai ficar muito triste quando souber o que aconteceu, estamos evitando contar, mas ele vai acabar descobrindo. Ele trabalhava como cozinheiro aqui em Serra Negra e depois se tornou mecânico. Lembro que ele estudava, mas precisou abandonar as aulas para cuidar de mim. Tive tuberculose aos dois anos e, nessa época, ou ele estudava ou pagava meus remédios”, lembra.

Funcionárias do hospital também criticaram os pacientes

 

Indignação
Outros parentes e amigos da família ficaram indignados com a postagem do médico e começaram a reproduzir a foto.

“Não podemos aceitar esse tipo de pessoa se julgando melhor do que outras pessoas que estão convalescente e não teve a mesma escolaridade que um cidadão que se julga melhor que outros seres humanos por causa de seu diploma, volta pra sua faculdade e aprende um pouco mais sobre Ética e cidadania (sic)”, reclamou um morador.

“Os pacientes têm que ser tratados com respeito, poderia ter sido com alguém da minha família. As pessoas não têm obrigação de saber falar direito, na maioria das vezes, são pessoa humildes, com dor e não estão preocupadas se estão falando certo ou errado”, disse outra pessoa.

As críticas foram ainda direcionadas a outras duas funcionárias do hospital que, assim como o médico, debocharam da forma como os pacientes costumam falar na unidade. Uma das funcionárias postou: “Tira minha pressão? Porque eu tenho tiroide”. Assim como o médico, elas também foram afastadas.

No receituário do hospital, o deboche com a forma de falar de um paciente


 

Sindicância
Formado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), o médico disse à EPTV que não teve intenção de ofender e pediu desculpas aos que falam peleumonia ou raôxis. Ele acredita que é o contexto social que define as regras do português.

Disse também que não estava trabalhando no momento e que fazia uma brincadeira entre os médicos que tem um grupo em rede social e que vai processar quem postou a foto.

O Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) informou que vai instaurar uma sindicância para avaliar a conduta do médico.

Ficha médica apresentada em unidade de saúde de Sumaré


Outro caso

Em 2014, uma paciente registrou um boletim de ocorrência contra um médico plantonista do Centro Integrado de Saúde do bairro Nova Veneza, em Sumaré (SP). Thaynara de Oliveira Cruz, de 19 anos, se queixava de dores na cabeça e variações na pressão arterial, mas o médico teria afirmado no prontuário que o problema da paciente era "falta de ocupação".

Na consulta, Thaynara se surpreendeu com o atendimento do clínico geral, que não a examinou. “Você não conhece paracetamol? Dipirona? É isso que tem que tomar. Mais nada” e eu falei “já faz alguns dias, nada mais vai resolver?” e ele falou que “não”, disse a paciente na época.

A jovem diz ter se sentido ofendida e humilhada quando o médico perguntou sobre a ocupação dela. “Perguntou se eu trabalhava, eu disse que cuidava do meu filho e ele disse que era falta de ocupação o que eu tinha”, afirmou. Diante disso, o profissional teria escrito o diagnóstico na ficha médica e receitado um dos medicamentos.

Após o atendimento, a jovem foi com o marido até o 1º DP da cidade registrar um boletim de ocorrência contra o profissional da saúde, onde apontou que houve ofensa e humilhação por parte do médico.

O profissional não quis comentar o ocorrido. A Prefeitura de Sumaré abriu um processo administrativo para investigar a conduta do médico.

 

https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2016/07/medico-debocha-de-paciente-na-internet-nao-existe-peleumonia.html













EXERCÍCIO 1

a) O convite para que tomassem o café da manhã na casa dele.

b) O objetivo de Hagar é saber a opinião de Helga sobre o convite aos amigos. A pergunta sugere que ambos têm uma relação respeitosa.

c) Hagar pretende passar a noite jogando cartas com os amigos, algo que se estenderá até o café da manhã.

d) Conseguir a aprovação de Helga para algo que, provavelmente, não a agradaria.

e) Amigos, Earl, Karl.

f) O pronome eles.

g) O pronome (l)os.

h) 3a pessoa (do plural).

i) O uso de pronomes evita a repetição de termos.

EXERCÍCIO 2

a) O jovem apela para que os demais participantes do programa acreditem que são o futuro do país e se dediquem a construir uma realidade melhor para todos.

b) Os participantes do programa Jovem Senador, os professores e os diretores.

c) O pronome nós.

d) O fato de ser uma fala pública formal, realizada no Senado.

EXERCÍCIO 3

a) Nós.

b) À 1a pessoa (do plural).

c) Nós nos divertimos bastante lá fora...

d) As duas crianças.

e) O menino.

f) Ele não sabe se se divertiu, como sugeriu a menina, Lucy, referindo-se a ambos.

EXERCÍCIO 4

a) O substantivo batatas, que geralmente vem acompanhado do adjetivo fritas, é trocado por baratas, cuja grafia e som são semelhantes.

b) Sentem aflição, nojo ou repulsa.

c)

- O texto diz que os insetos em breve chegarão ao prato do leitor.

- Seu.

EXERCÍCIO 5

a) A placa com o pensamento do dia, que sugeria que as pessoas demonstrassem gratidão.

b) Ficaram indiferentes à menina.

c) O desenho da menina é colorido e detalhado, e o dos passantes é preto e branco e feito com poucos traços.

d) Que não há sintonia entre eles: a menina busca ser gentil, mas os passantes estão indiferentes aos seus gestos de amizade.

e) Sim, já que a ação simpática da menina resultou em indiferença.

f) A crítica à falta de interação, gentileza e simpatia entre as pessoas se sobrepõe ao humor.

g) Entenderia que a menina se refere a outra cidade, um lugar distante deste em que ela está.

EXERCÍCIO 6

a) Destemida, porque ela afirma não ter medo de se aproximar de um humano descalço.

b) O fato de o homem próximo dela estar descalço.

c) Confirma, porque ele fica estático diante da barata.

d) Porque a barata usa a palavra ninguém em uma declaração que vale para todos os seres humanos, sem considerar as particularidades de cada um.

 

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