09 janeiro 2022

ROMANCEIRO

 

O gênero no qual Cecília Meireles se baseou para escrever o seu Romanceiro, originalmente se caracteriza como um conjunto de romances, denominados “romances tradicionais”, que são formas poético-narrativas medievais de origem ibérica. Esses romances tinham origem na tradição oral e eram musicados, e, embora fossem populares em seu tempo, atualmente restam poucos registros escritos dessas formas.

O romanceiro, desta forma, pode ser entendido como sendo um poema narrativo, de assunto histórico-épico com caráter popular. No Brasil, esse gênero chegou com seus colonizadores, reduzidas, muitas vezes, às cantigas de ninar. Muitos autores defendem seu prolongamento nos cantadores de cordel, que são caracterizados pela continuação da cultura oral e cantada, e a utilização de rimas simples, de fácil assimilação.

Cecília teria se inspirado no romance medieval de Amadis de Gaula, retomando a tradição de origem ibérica para escrever Amor em Leonoreta no ano de 1951, antes da publicação do Romanceiro da Inconfidência, em 1953.

Apesar dessa tendência ao resgate do passado na sua escolha formal, o romanceiro de Cecília não se limita aos padrões. Encontramos em sua obra moldes formais de referências diversas, desde requintes de uma poesia culta até esquemas resgatados da cultura popular.

O Romanceiro da Inconfidência apresenta caráter épico-lírico, ou seja, caracteriza-se, ao mesmo tempo, pela presença da reflexão e pelo conteúdo narrativo apoiado em fatos históricos. Ao investigarmos sua constituição, levamos em conta sua herança medieval, mas, sobretudo, os aspectos modernos no arranjo da forma e também na expressão de conteúdo. Assim, os traços líricos e épicos que se combinam e levam o leitor a transitar entre o factual histórico e o caráter universal proporcionado pelas reflexões líricas presentes na obra.

 

Adaptado de: https://periodicos.unifacef.com.br/index.php/rel/article/view/415







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