1. Introdução
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A poesia visual (ou poema concreto) tem início com o movimento de vanguarda
concretista no século XX.
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No Brasil, ele despontou em meados da década de 50, mais precisamente em São
Paulo, na “Exposição Nacional de Arte Concreta”, ocorrida no Museu de Arte
Moderna de São Paulo, em 1956.
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No país, o concretismo foi fundado por Décio Pignatari, Haroldo de Campos e
Augusto de Campos (ou “irmãos Campos”).
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Mais tarde, eles produziram a revista literária que levava o nome do grupo. “Noigandres”
2.
Manifesto da poesia concreta.
“A
poesia concreta começa a assumir uma responsabilidade total perante a
linguagem: aceitando o pressuposto do idioma histórico como núcleo
indispensável de comunicação, recusando-se a absorver as palavras como meros
veículos indiferentes, sem vida, sem personalidade, sem história – túmulos-tabu
como que a convenção insiste em sepultar a ideia. O poeta concreto não volta a
face às palavras, não lhes lança olhares oblíquos: vai direto ao seu centro,
para viver e vivificar a sua facticidade”.
3.
Características
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Uso da linguagem verbal e não-verbal.
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Experimentalismo poético.
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Poema produto.
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Efeitos gráficos, sonoros e semânticos.
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Aspectos geométricos.
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Supressão do verso e estrofe.
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Desaparecimento do eu-lírico.
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Eliminação da poesia intimista.
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Racionalismo.
EM TEMPO - Augusto de Campos
BEBA
COCA-COLA – Décio Pignatari
PLUVIAL/FLUVIAL - Augusto de Campos
EPITHALAMIUM
II – Pedro Xisto
(o termo latino do título, "epitalâmio", é um poema ou canto em homenagem aos que se casam)
4.
CONCLUINDO
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A poesia visual aproveita os espaços em branco do papel de forma inovadora,
quebrando com o sentido ortodoxo e convencional
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Estrutura verbi-voco-visual: além de ser palavra e som, o poema também é imagem
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Influência da linguagem publicitária.
-Poucas
palavras, sem pontuação.
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Abolição do verso.