21 novembro 2025

AVALIAÇÃO BIMESTRAL 4 - 1ª SÉRIE 2025

- Texto para as questões 1 e 2 

Muitos acreditam que cruzar com gato preto, passar por debaixo de escadas e quebrar espelhos podem trazer ainda mais azar às sextas-feiras 13. Marcada pela ideia de mau agouro, a data pode desenvolver até fobia em alguns: triscaidecafobia, por exemplo, é o nome dado ao medo irracional e incomum ao número 13; já parascavedecatriafobia ou frigatriscaidecafobia são termos usados para o medo específico para esse dia. [...]

Há diferentes possíveis origens para o tabu. Uma delas1 relaciona a falta de sorte e a data com a mitologia nórdica. De acordo com a lenda, um banquete oferecido pelo deus Odin aconteceu para 12 convidados. Loki, considerado o deus do mal, da trapaça e da discórdia, soube do encontro para o qual ele2 não foi chamado e matou um dos participantes. Assim, passou-se a acreditar que um encontro entre 13 pessoas pode terminar em tragédia.

Outras explicações estão ligadas ao cristianismo, uma vez que, segundo a tradição, Jesus foi crucificado numa sexta-feira. Além disso3, a Santa Ceia contou com a presença de 13 pessoas. Há, ainda, a possibilidade de que a superstição esteja ligada ao livro “Sexta-feira 13”, lançado em 1907 por Thomas Lawson e que conta a história de um corretor de Wall Street que manipula o valor de ações para se vingar de seus4 inimigos e os deixa na miséria. Embora não o5 tenha criado, a obra teria ajudado a disseminar o temor pelo dia.

Sexta-feira 13: medo da data tem até nome; entenda a superstição. Folha de S.Paulo, São Paulo, 13 jan. 2023. Disponível em: www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2023/01/sexta-feira-13-medo-da-data-tem-ate-nome-entenda-asupersticao. shtml. Acesso em: 21 abr. 2025. (Adaptado.)

 

Questão 1

[...] triscaidecafobia, por exemplo, é o nome dado ao medo irracional e incomum ao número 13; já parascavedecatriafobia ou frigatriscaidecafobia são termos usados para o medo específico para esse dia. (1º parágrafo)

Neste trecho, o texto emprega termos técnicos para nomear medos específicos. Considerando os elementos gregos que formam esses termos e a função de nomeação desses substantivos, é correto afirmar que a (o)

A) emprego de palavras que sintetizam ideias complexas reduz a sensação de estranhamento do leitor, tornando conceitos científicos mais populares.

B) uso de termos especializados para dar nome a fenômenos específicos confere ao texto efeito de formalidade, tom mais científico e mais credibilidade.

C) escolha por palavras pouco conhecidas reflete uma tentativa de aproximar o texto da linguagem coloquial, tornando o tema mais curioso e descontraído.

D) seleção de termos de uso raro e de leitura desafiadora visa ironizar o medo do número 13, fazendo da dificuldade de pronunciá-los um recurso humorístico.

E) qualificação dos medos por meio de termos elitistas impede a compreensão do fenômeno por leitores níveis mais básicos de formação cultural.

 

Questão 2

Os pronomes destacados no texto desempenham uma função fórica, ou seja, eles contribuem para a coesão do texto ao apontarem para termos ou ideias já mencionados ou que ainda o serão. A alternativa que apresenta a correta correspondência entre o pronome e seu referente é

A) “delas” (ref. 1) retoma “possibilidades”.

B) “ele” (ref. 2) retoma “deus Odin”.

C) “disso” (ref. 3) retoma “cristianismo”.

D) “seus” (ref. 4) refere-se a “inimigos”.

E) “o” (ref. 5) refere-se a “temor pelo dia”.

 

Questão 3

Para responder à questão, leia um trecho do livro Criação imperfeita, do físico Marcelo Gleiser. 

Nosso primeiro antepassado era tão fascinado quanto somos hoje pelo mistério da Criação. Nossos descendentes continuarão essa busca, tentando desvendar o sentido da existência. Somos, e seremos sempre, criaturas criadoras. Mas nosso foco precisa mudar. A ciência nos mostrou que a razão, motivada pela paixão da descoberta, é o instrumento mais poderoso que temos para responder a nossas perguntas sobre o mundo natural. Dado que nossas primeiras explicações do mundo surgiram de imagens e narrativas míticas, não é surpreendente que a ciência carregue, nas suas raízes, a mesma expectativa mítica de explicações finais sobre o mundo, sobre nossa razão de ser. [...]

A despeito da nossa necessidade de encontrar perfeição e simetria em tudo, o poder criativo da Natureza vem de assimetrias e de imperfeições que se manifestam desde o mundo das partículas subatômicas ao Universo como um todo. Buscamos por simetrias perfeitas, criamos equações para descrevê-las, mas vemos que nossas soluções são apenas aproximações de uma realidade imperfeita. E assim deveria ser. Assimetria gera desequilíbrio, desequilíbrio gera transformação, transformação gera realização, a emergência de estrutura. Algumas das simetrias mais básicas da física de partículas devem ser violadas para que a matéria exista. A vida seria impossível sem a assimetria molecular, a quiralidade das biomoléculas. O Universo por inteiro talvez tenha surgido de uma flutuação quântica que emergiu do multiverso, uma entidade atemporal onde incontáveis possíveis universos coexistem. Segundo essa visão, o cosmo é produto de um acidente que carregava consigo as sementes da existência. De um início incerto e após uma expansão superacelerada, o cosmo evoluiu para gerar os elementos químicos mais leves. Em seguida, nuvens de hidrogênio e hélio, cercadas por véus invisíveis de matéria escura, entraram em colapso devido a sua própria gravidade para formar as primeiras estrelas e galáxias. Bilhões de anos mais tarde, em torno de uma estrela comum, um planeta banhado por vastos oceanos coletou os ingredientes necessários para a vida. Após colisões de enorme violência com asteroides e cometas, de incontáveis erupções vulcânicas, de turbulência furiosa nos oceanos, o planeta foi se acalmando. Da sopa primordial, moléculas interagiram e cresceram, interligando-se para formar a primeira criatura viva. Bilhões de anos mais tarde, nossos antepassados começaram a se questionar sobre a razão de sua existência. Sozinhos, contemplaram os céus, buscando nas estrelas pela sua origem.

Criação imperfeita, 2024.

 

Dêiticos são elementos indiciais da linguagem que se referem ao lugar em que o enunciado é produzido, ao momento da enunciação e aos atores do discurso. Termos como “aqui” ou “agora” devem ser interpretados em função do lugar ou do momento em que se encontram os atores do discurso quando dizem “aqui” ou “agora”. 

Verifica-se um dêitico que se refere ao momento em que o enunciado é produzido no trecho

A) “A ciência nos mostrou que a razão, motivada pela paixão da descoberta, é o instrumento mais poderoso que temos para responder a nossas perguntas sobre o mundo natural.” (1° parágrafo)

B) “Buscamos por simetrias perfeitas, criamos equações para descrevê-las, mas vemos que nossas soluções são apenas aproximações de uma realidade imperfeita.” (2° parágrafo)

C) “Nosso primeiro antepassado era tão fascinado quanto somos hoje pelo mistério da Criação. Nossos descendentes continuarão essa busca, tentando desvendar o sentido da existência.” (1° parágrafo)

D) “Em seguida, nuvens de hidrogênio e hélio, cercadas por véus invisíveis de matéria escura, entraram em colapso devido a sua própria gravidade para formar as primeiras estrelas e galáxias.” (2° parágrafo)

E) “Bilhões de anos mais tarde, nossos antepassados começaram a se questionar sobre a razão de sua existência. Sozinhos, contemplaram os céus, buscando nas estrelas pela sua origem.” (2° parágrafo)

 

- Texto para as questões 4 a 7

Isto aconteceu na Bahia, numa tarde em que eu visitava a mais antiga e arruinada igreja que encontrei por lá, perdida na última rua do último bairro. Aproximou-se de mim um padre velhinho, mas tão velhinho, tão velhinho que mais parecia feito de cinza, de teia, de bruma, de isopor do que de carne e osso. Aproximou-se e tocou o meu ombro:

– Vejo que aprecia essas imagens antigas – sussurrou-me com sua voz débil. E descerrando os lábios murchos num sorriso amável: – Tenho na sacristia algumas preciosidades. Quer vê-las?

Solícito e trêmulo foi-me mostrando os pequenos tesouros da sua igreja: um mural de cores remotas e tênues como as de um pobre véu esgarçado na distância; uma Nossa Senhora de mãos carunchadas e grandes olhos cheios de lágrimas; dois anjos tocheiros que teriam sido esculpidos por Aleijadinho, pois dele tinham a inconfundível marca nos traços dos rostos severos e nobres, de narizes já carcomidos…

Mostrou-me todas as raridades, tão velhas e tão gastas quanto ele próprio. Em seguida, desvanecido com o interesse que demonstrei por tudo, acompanhou-me cheio de gratidão até a porta.

– Volte sempre – pediu-me. [...]

TELLES, L. F. Então, adeus! In: SANTOS, J. F. dos. As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007, p. 246.

Questão 4

A inversão do adjetivo pode funcionar como recurso expressivo, como uma marca de subjetividade do enunciador. É o que ocorre na seguinte passagem do excerto:

A) “[...] eu visitava a mais antiga e arruinada igreja que encontrei por lá [...]” (1° parágrafo).

B) “[...] Aproximou-se de mim um padre velhinho [...]” (1° parágrafo).

C) “[...] E descerrando os lábios murchos num sorriso amável [...]” (2° parágrafo).

D) “[...] um mural de cores remotas e tênues [...]” (3° parágrafo).

E) “[...] nos traços dos rostos severos e nobres [...]” (3° parágrafo).

 

Questão 5

Na expressão “[...] uma Nossa Senhora de mãos carunchadas [...]” (3º parágrafo), o uso do artigo indefinido

A) constitui uma imprecisão semântica, pois “Nossa Senhora” é substantivo próprio.

B) assume valor quantitativo, explicitando a existência de uma única Nossa Senhora.

C) é um desvio em relação à norma-padrão, embora seu sentido seja compreensível.

D) justifica-se por se referir a uma representação da santa mencionada pela primeira vez.

E) é explicado por se tratar de um texto literário, em que a licença poética é facultada à escritora.

 

Questão 6

Os pronomes funcionam como catafóricos quando, no enunciado, antecipam seu referente. É o que ocorre em:

A) “[...] numa tarde em que eu visitava a mais antiga e arruinada igreja que encontrei por lá [...]” (1° parágrafo).

B) “[...] Aproximou-se de mim um padre velhinho [...]” (1° parágrafo).

C) “[...] Aproximou-se e tocou o meu ombro [...]” (1° parágrafo).

D) “[...] Quer vê-las? [...]” (2° parágrafo).

E) “[...] tão velhas e tão gastas quanto ele próprio [...]” (4° parágrafo).

 

Questão 7

Os pronomes podem indicar a localização de determinado elemento no espaço, em relação aos interlocutores. É o que se observa em:

A) “Isto aconteceu na Bahia [...]” (1° parágrafo).

B) “[...] Aproximou-se e tocou o meu ombro [...]” (1° parágrafo).

C) “[...] Vejo que aprecia essas imagens antigas [...]” (2° parágrafo).

D) “[...] dois anjos tocheiros que teriam sido esculpidos por Aleijadinho [...]” (3° parágrafo).

E) “[...] pois dele tinham a inconfundível marca nos traços dos rostos [...]” (3° parágrafo).

 

- Texto para as questões 8 a 10

Já ouvi gente falando que o podcast é o renascimento do rádio. O rádio é genial, uma mídia imorredoura, mas podcast não tem nada a ver com ele. O formato está mais próximo do ensaio literário do que de um programa de ondas curtas, médias ou longas.

Podcasts são antípodas das redes sociais. Enquanto elas são dispersivas, levam à evasão e à desinformação, os podcasts são uma possibilidade de imersão, concentração, aprendizado. Depois que eles surgiram, lavar a louça e me locomover pela cidade viraram um programaço. Um pós-almoço de domingo e aprendo tudo sobre bonobos e gorilas. Um táxi pro aeroporto e chego ao embarque PhD em reforma tributária.

PRATA, A. Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 7 jan. 2024. (Adaptado.)

 

Questão 8

Segundo a argumentação construída nesse texto, o podcast

A) provoca dispersão da atenção em seu público.

B) funciona por meio de uma frequência de ondas curtas.

C) propicia divulgação de conhecimento para seus usuários.

D) tem um formato de interação semelhante ao das redes sociais.

E) constitui uma evolução na transmissão de informações via rádio.

 

Questão 9

Para reforçar que o podcast “não tem nada a ver” com o rádio, o articulista o aproxima

A) a um gênero típico da linguagem escrita.

B) aos programas de ondas curtas e longas.

C) aos gêneros tradicionais da educação.

D) a gêneros científicos econômicos.

E) às redes sociais imersivas.

 

Questão 10

A expressão “táxi pro aeroporto” sugere que o articulista

A) acredita que todos têm o mesmo acesso aos podcasts.

B) pertence a um grupo social mais próximo das elites.

C) critica o acesso fácil e barato às redes sociais.

D) reconhece problemas de mobilidade urbana.

E) diferencia informações de alta e baixa qualidade.

 

Questão 11

A escrava

– Admira-me –, disse uma senhora de sentimentos sinceramente abolicionistas –; faz-me até pasmar como se possa sentir, e expressar sentimentos escravocratas, no presente século, no século dezenove! A moral religiosa e a moral cívica aí se erguem, e falam bem alto esmagando a hidra que envenena a família no mais sagrado santuário seu, e desmoraliza, e avilta a nação inteira! Levantai os olhos ao Gólgota, ou percorrei-os em torno da sociedade, e dizei-me:

– Para que se deu em sacrifício, o Homem Deus, que ali exalou seu derradeiro alento? Ah! Então não era verdade que seu sangue era o resgate do homem! É então uma mentira abominável ter esse sangue comprado a liberdade!? E depois, olhai a sociedade… Não vedes o abutre que a corrói constantemente!… Não sentis a desmoralização que a enerva, o cancro que a destrói?”

Por qualquer modo que encaremos a escravidão, ela é, e será sempre um grande mal. Dela a decadência do comércio; porque o comércio e a lavoura caminham de mãos dadas, e o escravo não pode fazer florescer a lavoura; porque o seu trabalho é forçado.

REIS, M. F. Úrsula e outras obras. Brasília: Câmara dos Deputados, 2018.

 

Inscrito na estética romântica da literatura brasileira, o conto descortina aspectos da realidade nacional no século XIX ao

A) revelar a imposição de crenças religiosas a pessoas escravizadas.

B) apontar a hipocrisia do discurso conservador na defesa da escravidão.

C) sugerir práticas de violência física e moral em nome do progresso material.

D) relacionar o declínio da produção agrícola e comercial a questões raciais.

E) ironizar o comportamento dos proprietários de terra na exploração do trabalho.

 

Questão 12

Eu lhe juro, Aurélia. Estes lábios nunca tocaramface de outra mulher, que não fosse minha mãe. Meu primeiro beijo de amor, guardei-o para minha esposa, para ti... [...]

Ou de outra mais rica! disse ela, retraindo-se para fugir ao beijo do marido, e afastando-o com a ponta dos dedos.

A voz da moça tomara o timbre cristalino, eco da rispidez e aspereza do sentimento que lhe sublevava o seio, e que parecia ringir-lhe nos lábios como aço.

Aurélia! Que significa isto?

Representamos uma comédia, na qual ambos desempenhamos o nosso papel com perícia consumada. Podemos ter este orgulho, que os melhores atores não nos excederiam. Mas é tempo de pôr termo a esta cruel mistificação, com que nos estamos escarnecendo mutuamente, senhor. Entremos na realidade por mais triste que ela seja; e resigne-se cada um ao que é, eu, uma

mulher traída; o senhor, um homem vendido.

Vendido! exclamou Seixas ferido dentro d’alma.

Vendido, sim: não tem outro nome. Sou rica, muito rica; sou milionária; precisava de um marido, traste indispensável às mulheres honestas. O senhor estava no mercado; comprei-o. Custou-me cem contos de réis, foi barato; não se fez valer. Eu daria o dobro, o triplo, toda a minha riqueza por este momento.

ALENCAR, J. Senhora. Rio de Janeiro: Tecnoprint, 2003.

 

Ao tematizar o casamento, esse fragmento reproduz uma concepção de literatura romântica evidenciada na

A) defesa da igualdade de gêneros.

B) importância atribuída à castidade.

C) indignação com as injustiças sociais.

D) interferência da riqueza sobre o amor.

E) valorização das relações interpessoais.

 

Questão 13

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá;

As aves, que aqui gorjeiam,

Não gorjeiam como lá.

DIAS, G. Canção do exílio. In: ___. Primeiros cantos: poesia americana. Lisboa: Tipografia de Castro Irmão, 1846.

 

O trecho, representativo da poesia de Gonçalves Dias, apresenta uma característica marcante do Romantismo brasileiro da primeira geração. Essa característica é a(o)

A) crítica social e a denúncia da escravidão.

B) idealização da pátria e o saudosismo.

C) humor e a ironia diante da condição humana.

D) objetividade e o olhar científico sobre a realidade.

E) busca por temas universais e mitológicos.

 

Questão 14

Luísa entrou na sala de jantar com os olhos vermelhos. Era a segunda vez que chorava nesse dia.

A criada ia já tirar a sopa, e Julião, metido no guardapó de riscadinho preto, folheava um jornal político.

Que tens tu? perguntou Jorge.

Nada respondeu ela com voz mole, indo sentar-se à mesa.

Mas na presença de Jorge os seus olhos tornaram--se úmidos outra vez. Jorge viu as lágrimas:

O que é isso, Luísa?

Ela abanou a cabeça, murmurou:

É esta casa, esta tristeza...

Pois mudemo-nos! disse Jorge, passando-lhe o braço pelos ombros.

Ela largou o guardanapo e encostou-se ao marido:

Sim, sim, vamos para Lisboa!

QUEIRÓS, E. de. O Primo Basílio. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

 

O fragmento do romance O Primo Basílio revela aspectos centrais da estética realista, sobretudo ao mostrar a(o)

A) desprezo burguês pela vida rural e suas tradições religiosas.

B) tentativa da personagem de romper com as convenções sociais e se tornar escritora.

C) idealização da vida conjugal, típica da literatura romântica.

D) olhar crítico e objetivo sobre a rotina conjugal e os conflitos emocionais.

E) valorização das emoções femininas como força revolucionária.

 

Questão 15

Existe um povo que a bandeira empresta

P’ra cobrir tanta infâmia e covardia!...

E deixa transformar-se nessa festa

Em manto impuro de bacante fria!...

 

Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,

Que impudente na gávea tripudia?!...

Silêncio!... Musa – chora, chora tanto,

Que o pavilhão se lave no teu pranto!...

ALVES, Castro. O Navio Negreiro. In: ___. Obra completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1960.

 

No poema O Navio Negreiro, o eu lírico manifesta uma crítica contundente ao sistema escravocrata brasileiro por meio de imagens que relacionam a bandeira nacional à

A) exaltação da liberdade conquistada pela Independência.

B) alegoria religiosa da salvação cristã.

C) representação heroica da pátria vitoriosa.

D) vergonha nacional diante das atrocidades da escravidão.

E) mística indígena do povo oprimido.

 

Questão 16

Ela repetia para si: “Tenho um amante! Um amante!” deliciando-se com essa ideia como com a ideia de uma segunda puberdade que lhe voltasse à vida. Ia tornar-se, enfim, possuidora de todas as volúpias, de todos os êxtases. Entraria em algo de maravilhoso em que tudo seria paixão, êxtase, delírio: uma vastidão azulada a envolvê-la, cumes do sentimento a escalar. E os instintos do sexo, a curiosidade, as delícias da luxúria, a raiva contra a lei, o encanto do perigo ou a força da voluptuosidade levavam-na a confundir o amor sensual com os desejos de uma alma.

FLAUBERT, G. Madame Bovary. Tradução de Paulo Rónai. São Paulo: Abril Cultural, 1971.

 

No trecho acima de Madame Bovary, Gustave Flaubert expressa traços fundamentais do Realismo ao retratar a protagonista

A) como símbolo de elevação moral e religiosa.

B) através de metáforas idealizantes típicas da poesia épica.

C) com distanciamento crítico, revelando suas ilusões e contradições.

D) pela ótica subjetiva de um narrador sentimental.

E) como mártir da hipocrisia da sociedade aristocrática medieval.

 

 - Texto para as questões 1 a 5

In the “real” world of The Matrix, the year is sometime around 2199. At some point, humanity developed superintelligent machines that took over, and humanity now occupies a sunless, hypermachinised wasteland where the vast majority of human beings are being exploited on an almost unfathomable scale. Harvested for energy in endless fields, deracinated and kept in isolated pods, their only salvation is the fact that most of them are unaware of their situation, distracted as they are by a simulation called the Matrix. Although humanity now occupies a sunless, hypermachinized wasteland exploited on an unfathomable scale, the fact that most are unaware of their situation due to the Matrix simulation offers them a semblance of salvation.

Disponível em: https://dellsystem.me/pdfs/SO427-matrix.pdf. Acesso em: 4 abr. 2025.

 

Questão 1

No texto, a conjunção “Although” pode evidenciar a ideia de:

A) alternância.

B) comparação.

C) adição.

D) concessão.

E) equivalência.

 

Questão 2

No texto, o cenário descrito como o “mundo real” em Matrix é um(a)

A) mundo futurista, onde os humanos vivem em harmonia com as máquinas.

B) paraíso tecnológico com recursos infinitos.

C) mundo devastado, dominado por máquinas superinteligentes.

D) civilização primitiva tentando se reconstruir após uma catástrofe.

E) planeta alienígena colonizado pelos humanos.

 

Questão 3

O propósito da Matrix na narrativa do texto é

A) servir como uma prisão física para os humanos.

B) ser uma ferramenta de controle usada contra as máquinas.

C) oferecer uma alternativa de realidade para os robôs.

D) distrair os humanos da sua verdadeira situação.

E) substituir o mundo real por completo.

 

Questão 4

The comparative of superiority form of isolated in “deracinated and kept in isolated pods” is

A) “more isolated than”.

B) “isolateder than”.

C) “most isolated”.

D) “the most isolated”.

E) “the more isolated”.

 

Questão 5

Na sentença “[...] their only salvation is the fact that most of them are unaware of their situation [...]”, “most of them” pode ser traduzido para o português como

A) “todos eles”.

B) “vários deles”.

C) “muitos deles”.

D) “alguns deles”.

E) “a maioria deles”.

AVALIAÇÃO BIMESTRAL 4 - 1ª SÉRIE 2025

- Texto para as questões 1 e 2   Muitos acreditam que cruzar com gato preto, passar por debaixo de escadas e quebrar espelhos podem trazer...