19 outubro 2025

AVALIAÇÃO BIMESTRAL 4 - 7º ANO 2024

QUESTÃO 01

Leia o texto.

[...] O verbete é um texto, em um gênero específico da esfera de divulgação científica, não muito longo, organizado por um especialista no campo científico, que visa transmitir conceitos de diversas áreas do conhecimento humano. Os verbetes podem pertencer tanto a uma enciclopédia quanto a um dicionário comum da língua ou a um dicionário especializado. O especialista busca transmitir ao leigo (ao não especialista) um conceito científico de maneira relativamente simples e compreensível. Por isso, simplifica e abrevia a linguagem científica sobre o assunto. Logo, os temas dos verbetes são os conceitos ou noções elaborados pelas ciências, mas simplificados.

Quem consulta uma enciclopédia ou um dicionário é, em geral, o não especialista, aquele que precisa da informação para estudar ou para qualquer outra finalidade, o leigo no assunto. O gênero verbete, em sua forma textual, reflete esse contexto de comunicação: é breve (o máximo possível) e apresenta uma definição principal atualizada do termo em questão – a definição da ciência (ou da arte) de referência, seguida de algumas outras definições, menos científicas e mais populares, se houver, e de alguns contextos em que se usa a palavra.

ROJO, Roxane. O letramento escolar e os textos da divulgação científica – a apropriação dos gêneros de discurso na escola. Linguagem em (Dis)curso – LemD, v. 8, n. 3, p. 581-612, set./dez. 2008.

 

De acordo com o texto, o verbete é um dos gêneros discursivos importantes para combater a desinformação, na medida em que

A) padroniza o conhecimento científico para gerações futuras.

B) divulga a ciência com linguagem acessível para a população em geral.

C) registra os saberes populares de leigos para a aprendizagem de cientistas.

D) disponibiliza os conceitos científicos das áreas do conhecimento para especialistas. 

 

- Leia o texto para responder às questões 2 a 4.

Dados comprovam aumento de eventos climáticos extremos em São Paulo

Número de tempestades registrado nos últimos 20 anos já é maior do que nas seis décadas anteriores 

Dados de duas estações meteorológicas confirmam o que muitos paulistanos já vêm sentindo na pele há alguns anos: a ocorrência de eventos climáticos extremos na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) aumentou muito nas últimas duas décadas. O fenômeno mais impactante é o aumento da intensidade das chuvas. O número de eventos de precipitação extrema, com chuva acima de 100 milímetros/dia, já é maior nos últimos 20 anos do que no acumulado das seis décadas anteriores [...].

O novo estudo é uma iniciativa do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), coordenado pelo meteorologista José Marengo, com apoio do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Inmet e IAG-USP.

“A temperatura média da Terra está aumentando, isso é um fato incontestável; e a atmosfera está reagindo a esse aquecimento por meio de extremos”, diz o pesquisador Tércio Ambrizzi, professor titular do IAG e coautor do trabalho. Quando um sistema é tirado do seu equilíbrio natural, diz ele, isso gera oscilações para cima e para baixo. No caso do sistema climático, essas oscilações resultam em extremos de temperatura (tanto de calor quanto de frio) e de precipitação (muita ou pouca chuva). A grande estiagem de 2013-2014, que quase secou todos os reservatórios de água da RMSP, também faz parte desse cenário, segundo o pesquisador.

Disponível em: https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-ambientais/dados-comprovam-aumento-de-eventosclimaticos-extremos-em-sao-paulo/. Acesso em: 30 abr. 2024.

 

QUESTÃO 02

Um dado numérico empregado para comprovar o assunto abordado na matéria jornalística é:

A) “O fenômeno mais impactante é o aumento da intensidade das chuvas.”.

B) “O novo estudo é uma iniciativa do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) [...].”.

C) “a ocorrência de eventos climáticos extremos na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) aumentou muito nas últimas duas décadas.”.

D) “O número de eventos de precipitação extrema, com chuva acima de 100 milímetros/dia, já é maior nos últimos 20 anos do que no acumulado das seis décadas anteriores [...].”.

 

QUESTÃO 03

A função do trecho entre aspas nesse texto jornalístico é

A) dar credibilidade ao texto.

B) separar os fatos dos argumentos.

C) demarcar a opinião pessoal do jornal.

D) explicar o sentido da expressão anterior.

 

QUESTÃO 04

No título da matéria jornalística, o adjetivo “extremos” acrescenta ao sintagma “eventos climáticos” o efeito de

A) intensidade.

B) controle.

C) distância.

D) extremidades.

 

QUESTÃO 05

Leia o texto.

LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990.

Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Título I

Das Disposições Preliminares

Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente.

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso em: 30 abr. 2024.

 

O emprego de vocabulário técnico no texto da lei tem como função

A) atender aos diferentes grupos profissionais.

B) ampliar o sentido de acordo com o contexto de leitura.

C) aproximar a linguagem da que é empregada pelas pessoas no dia a dia.

D) garantir o entendimento adequado das palavras próprias da área jurídica.

 

QUESTÃO 06

Leia o texto.

D – E quais são assim seus pratos favoritos? Como costuma ser durante a semana?

L – Bom, se deixar eu escolher, por mim mesmo, tem muita coisa que eu como, mas não gosto assim, não peço. Por exemplo, se eu fosse escolher, fazer um cardápio pra mim, seria, no caso, galinha, poderia ser galinha assada quase todo dia, não me incomodava, bife, de preferência filé-mignon que eu não gosto de filé, carne de porco, gosto. Feijão, se me der feijão todo dia, como, tranquilo. Agora, não vou muito é com negócio de ensopadinhos, ensopadinho de carne, vagem, isso não, isso eu não gosto não. Eu não sou chato em relação a comida não, viu?

Disponível em: https://nurcrj.letras.ufrj.br/. Acesso em: 30 abr. 2024.

 

O texto em análise é o fragmento de um diálogo que foi passado da linguagem oral para a escrita e, portanto, apresenta como característica marcante dos textos orais

A) o alto grau de formalidade.

B) a incoerência das informações.

C) o planejamento e a execução simultâneos.

D) o emprego abundante de conectores e sinais de pontuação.

 

- Leia os textos para responder às questões 7 e 8.

TEXTO I

A partir daquele dia, a ciência natural, especialmente a química, na mais ampla acepção da palavra, tornou-se quase que minha única ocupação. Lia com afã as obras dos modernos pesquisadores. Não perdia as aulas e cultivava as relações dos homens de ciência da universidade. [...]

Um dos fenômenos que atraía especialmente minha atenção era a estrutura do corpo humano e, também, de qualquer ser dotado de vida. [...]

Efetivamente, após dias e noites de incrível esforço e cansaço, logrei descobrir a causa fundamental da geração e da vida. E mais do que isso, tornei-me capaz de animar a matéria sem vida. [...]

Eu tinha a fórmula. Faltava-me a matéria-prima. Onde e como obtê-la? Sabia que iria enfrentar um sem-número de empecilhos que poderiam me pôr em risco de realizar uma obra imperfeita. Mas face ao incessante progresso da ciência e da mecânica, aos aperfeiçoamentos que surgem dia a dia, eu teria, pelo menos, a possibilidade de assentar os alicerces para um êxito futuro. [...] Tais eram as condições em que comecei a criação de um ser humano. [...]

Eu seria o primeiro a romper os laços entre a vida e a morte, fazendo jorrar uma nova luz nas trevas do mundo. Seria o criador de uma nova espécie – seres felizes, puros, que iriam dever-me sua existência. Indo mais longe, desde que eu tivesse a faculdade de dar vida à matéria, talvez, com o passar do tempo, me viesse a ser possível (embora esteja agora certo do contrário) restabelecer a vida nos casos em que a morte, no consenso geral, relegasse o corpo à decomposição. Ressurreição! Sim, isso seria nada menos que o poder de ressurreição.

SHELLEY, Mary. Frankenstein. São Paulo: Editora Schwarcz, 1994.

 

TEXTO II

O fantasioso enredo de Jurassic Park, em que cientistas trazem à vida dinossauros extintos há milênios a partir de resquícios de DNA, parece estar mais próximo da realidade. Nenhum réptil gigante foi clonado ainda, mas pesquisadores australianos anunciaram ter conseguido obter em laboratório embriões de uma rã extinta há 30 anos.

O animal em questão é o Rheobatrachus silus, habitante das montanhas australianas que foi visto pela última vez nos anos 1980. [...]

A técnica usada pelos cientistas para tentar ressuscitar a rã é conhecida, a mesma consagrada com a criação da ovelha Dolly, o primeiro clone mamífero. Os pesquisadores implantaram células da rã extinta dentro de ovos sem núcleo de outra rã parecida, a Mixophyes fasciolatus. O experimento foi possível porque um espécime do bicho estava preservado em um freezer da Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália, desde 1975.

Por cinco anos, os pesquisadores repetiram a experiência e observaram que os ovos implantados com material genético da rã deram origem a embriões. Os embriões não sobreviveram mais que alguns minutos, mas o cientista responsável pela pesquisa acredita que é um grande passo e que as chances de conseguir uma rã crescida existem.

MOUTINHO, Sofia. Do além. Ciência Hoje on-line. Disponível em: https://cienciahoje.org.br/do-alem/. Acesso em: 18 jun. 2024.

 

QUESTÃO 07

O trecho de sinopse relativo ao Texto I é:

A) “A obra apresenta uma tecnologia avançada para a época e nos mostra as maravilhas e perigos do fundo do mar.”

B) “A história apresenta um cientista que cria um ser artificial e aborda questões éticas e morais relacionadas à criação da vida.”

C) “A história se passa em uma organização chamada Eternidade, que tem o poder de viajar no tempo e alterar a história da humanidade.”

D) “A obra aborda questões filosóficas e psicológicas enquanto os personagens tentam entender e se comunicar com essa entidade extraterrestre.”

 

QUESTÃO 08

O fragmento da obra Frankenstein, Texto I, diferencia-se do Texto II por

A) utilizar linguagem com termos técnicos da ciência.

B) buscar verossimilhança, e não verdade, em sua relação com o real.

C) ter como finalidade divulgar resultados científicos.

D) narrar uma história real, passada nos primórdios da ciência.

 

QUESTÃO 09

Leia o texto.

Segura para não voar!

Talvez você já tenha ajudado seus familiares ou amigos a encher balões para alguma festa de aniversário. O ritual é mais ou menos assim: você preenche seus pulmões com ar, estufa o peito de forma muito valente e assopra com bastante força até o balão inflar. Após dar um nó, evitando que o ar saia do balão, você deve ter notado que, infelizmente, ele não flutua. Ao contrário daqueles balões que compramos no parque e precisamos segurar com uma linha ou uma fita para que eles não se percam pelos ares, os que enchemos e soltamos – ploft! – vão direto para o chão.

A diferença está no fato de que o balão que flutua não é preenchido com ar, mas com outro gás, o hélio. Você já deve ter ouvido o nome desse gás. O que você talvez não saiba é que o hélio pertence a um grupo que cientistas chamam de gases nobres. A característica principal dos gases nobres é o fato de serem praticamente inertes, isto é, não se misturam, ou melhor, raramente participam de reações químicas.

GONÇALVES, R. S. B. Segura para não voar. Ciência Hoje das Crianças, ed. 343, 2 maio 2023. Disponível em: https://chc.org.br/artigo/segura-para-nao-voar/. Acesso em: 30 abr. 2024.

 

O título desse artigo de divulgação científica está

A) inadequado, pois é incoerente com o tema abordado no texto.

B) inadequado, pois o gênero exige uma linguagem técnica e mais formal.

C) adequado, pois pretende chamar a atenção de especialistas em Química.

D) adequado, pois tem o objetivo de cativar o leitor comum. 

 

QUESTÃO 10

Leia os textos.

TEXTO I

Art. 60. É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na condição de aprendiz. [...]

Art. 62. Considera-se aprendizagem a formação técnico-profissional ministrada segundo as diretrizes e bases da legislação de educação em vigor.

Art. 63. A formação técnico-profissional obedecerá aos seguintes princípios:

I – garantia de acesso e frequência obrigatória ao ensino regular;

II – atividade compatível com o desenvolvimento do adolescente;

III – horário especial para o exercício das atividades. [...]

Art. 67. Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime familiar de trabalho, aluno de escola técnica, assistido em entidade governamental ou não governamental, é vedado trabalho:

I – noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte;

II – perigoso, insalubre ou penoso;

III – realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e social;

IV – realizado em horários e locais que não permitam a frequência à escola.

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm.Acesso em: 20 abr. 2024.

 

TEXTO II

Semáforos das cidades se tornaram, ao longo do tempo, local de abordagem para venda informal de pequenos produtos. [...]

Em um desses cruzamentos encontramos Júlio, nome fictício do menino de 12 anos, que faz malabarismo para ajudar a família [...]. O menino, que tem o sonho de ser policial, estuda pela manhã e pede dinheiro à tarde. Com o que arrecada, ele compra mantimentos. [...]

Disponível em: www.agazeta.com.br/es/gv/com-poucas-denuncias-criancas-ainda-pedem-dinheiro-em-semaforos-0619.Acesso em: 30 abr. 2024.

 

Considerando os artigos e os incisos do Estatuto da Criança e do Adolescente expostos no Texto I, o fato noticiado no Texto II fere o direito do adolescente, pois

A) trata-se de trabalho mal remunerado.

B) é incompatível com a idade dele.

C) realiza-se em horário vedado por lei.

D) impede que ele frequente o ensino regular.

AVALIAÇÃO BIMESTRAL 4 - 7º ANO 2024

QUESTÃO 01 Leia o texto. [...] O verbete é um texto, em um gênero específico da esfera de divulgação científica, não muito longo, organi...