01 outubro 2025

AVALIAÇÃO BIMESTRAL 2 - 9º ANO 2025

Questão 1

Leia o texto a seguir.

Quando Lady Guinevere lá chegou, avistou o corcel branco do Rei Arthur pastando na relva verde da clareira perto da ermida. Também avistou Merlin, que estava em pé ao lado da porta da cabana. Perguntou a ele então quem era que estava dentro da cabana [...]:

– Senhora, aquele que está lá dentro é um cavaleiro gravemente ferido, tanto que está à beira da morte!

– Misericórdia de Deus! – exclamou Lady Guinevere. – Que fato triste é esse que me contas! Agora peço-te que me leve neste instante até esse cavaleiro para que eu possa vê-lo, pois tenho no meu séquito um médico muito habilidoso, deveras experiente na cura de ferimentos de batalha.

Então Merlin entrou com a dama na cabana, e lá ela viu o Rei Arthur estendido sobre o catre. Mas ela não sabia quem era. No entanto, pareceu-lhe que, em toda a sua vida, jamais tinha visto um cavaleiro de aspecto tão nobre [...].

Aquele médico sábio e habilidoso fez conforme Lady Guinevere tinha ordenado, e imediatamente o Rei Arthur sentiu completo alívio de todas as dores e enorme alegria na alma [...]. Esta foi a primeira vez em que o Rei Arthur viu aquela linda dama, Lady Guinevere de Cameliard, e daquele momento em diante ele nunca a esqueceu.

PYLE, Howland. Rei Arthur e os cavaleiros da távola redonda. São Paulo: Zahar, 2015.

 

Vocabulário

Corcel: cavalo de raça.

Relva: grama; vegetação rasteira.

Ermida: igreja pequena.

Séquito: grupo de pessoas que acompanha alguém.

Catre: tipo de cama simples.

 

O fragmento da novela do rei Arthur em destaque descreve o nascimento da paixão entre Guinevere e o rei. A partir desse trecho, é possível inferir que a dama se interessa por Arthur devido à

a) aparência delicada do monarca.

b) possibilidade de se tornar rainha.

c) impressão que tem do caráter do rei.

d) crença de que o rei não sobreviveria.

e) vontade de testar o médico que a seguia.

 

Questão 2

Leia o texto a seguir.

Agora, Miguel podia sentir-se mais irmão de nhô Gualberto Gaspar – que se desajeitava, comum na roupa amarela encardida, nas botinonas, sacudindo a cabeça rapada, quase alvarmente, mirando-o, num desentendimento, no simplório receio de ser tomado como rico: — “Ah, essa vacada? Só parte delas, que é minhas. Restante é de iô Liodoro, para ele crio também, à terça...” [...]

E tinha mole pressa. Nhô Gualberto Gaspar parecia ser um homem preguiçoso – e que por isso se assustava, quando se via sem fazer coisa nenhuma. À única maneira de cumprir o trabalho era tê-lo como coisa lerda e contínua, mansa, sem começo nem fim, as mãos sempre sujas da massa [...]. Nhô Gualberto também tirara de Deus o desejo de viver solto e admirar as outras coisas. Mas, curvado com a vida, desde cedo, a vida tinha de ser labuta. — “O fazendeiro vive e trabalha, e, quando morre, ainda deixa serviço por fazer!...” Alto se queixava, com orgulho, mas orgulho já cediço, safado no habitual. Sempre que o trabalho dele, sorna, rendia bem. Nhô Gualberto quase não despendia para seu prazer. Aforrava. Temia gastar; menos o próprio dinheiro, que a paz do tempo, o ramerro, os recantos do espírito. Não sabia sair daquilo, desperdiçar-se um pouco.

ROSA, João Guimarães. Noites do sertão. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2017.

 

Vocabulário

Alvarmente: tolamente.

Labuta: trabalho árduo, esforço contínuo.

Cediço: desgastado pelo uso ou pelo tempo.

Sorna: lento, preguiçoso, sem pressa.

Aforrava: economizava, guardava dinheiro.

Ramerro: ramerrão, rotina.

 

No trecho da novela Buriti, de João Guimarães Rosa, as falas de Nhô Gualberto Gaspar revelam que a personagem

a) dá pouca importância aos bens materiais que possuía.

b) teme ser percebido por outros como rico ou preguiçoso.

c) serve de exemplo de controle financeiro para seu amigo.

d) procura diminuir-se para que seu amigo não se sinta inferior.

e) acredita que o caminho da riqueza reside em seu próprio trabalho.

 

Questão 3

Leia o texto a seguir.

Resmungou ainda muito tempo. Às onze horas passou pelo sono. Enquanto ele dormia, saquei um livro do bolso [...]. Ou fosse de cansaço, ou do livro, antes de chegar ao fim da segunda

página adormeci também. Acordei aos gritos do coronel, e levantei-me estremunhado. Ele, que parecia delirar, continuou nos mesmos gritos, e acabou por lançar mão da moringa e arremessá-la contra mim. Não tive tempo de desviar-me; a moringa bateu-me na face esquerda, e tal foi a dor que não vi mais nada; atirei-me ao doente, pus-lhe as mãos ao pescoço, lutamos, e esganei-o.

Quando percebi que o doente expirava, recuei aterrado, e dei um grito; mas ninguém me ouviu. Voltei à cama, agitei-o para chamá-lo à vida, era tarde; arrebentara o aneurisma, e o coronel morreu. Passei à sala contígua, e durante duas horas não ousei voltar ao quarto. Não posso mesmo dizer tudo o que passei, durante esse tempo. Era um atordoamento, um delírio vago e estúpido. Parecia-me que as paredes tinham vultos; escutava umas vozes surdas [...]. Não creia que esteja fazendo imagens nem estilo; digo-lhe que eu ouvia distintamente umas vozes que me bradavam: assassino! assassino!

MACHADO DE ASSIS, Joaquim Maria. 50 Contos de Machado de Assis. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

 

No conto “O enfermeiro”, de Machado de Assis, o protagonista da trama é impelido a assassinar o coronel devido ao

a) comportamento agressivo do doente.

b) delírio motivado por um ferimento grave.

c) sono experimentado no momento do ato.

d) estado terminal enfrentado pelo paciente.

e) ímpeto violento adquirido em certas leituras.

 

Questão 4

Leia o texto a seguir.

Era uma velha sequinha que, doce e obstinada, não parecia compreender que estava só no mundo. Os olhos lacrimejavam sempre, as mãos repousavam sobre o vestido preto e opaco, velho documento de sua vida. No tecido já endurecido encontravam-se pequenas crostas de pão coladas pela baba que lhe ressurgia agora em lembrança do berço. Lá estava uma nódoa amarelada, de um ovo que comera há duas semanas. E as marcas dos lugares onde dormia. Achava sempre onde dormir, casa de um, casa de outro. Quando lhe perguntavam o nome, dizia com a voz purificada pela fraqueza e por longuíssimos anos de boa educação:

– Mocinha.

As pessoas sorriam. Contente pelo interesse despertado, explicava:

– Nome, nome mesmo, é Margarida [...].

Tivera pai, mãe, marido, dois filhos. Todos aos poucos tinham morrido. Só ela restara com os olhos sujos e expectantes quase cobertos por um tênue veludo branco. Quando lhe davam alguma esmola davam-lhe pouca, pois ela era pequena e realmente não precisava comer muito.

LISPECTOR, Clarice. Todos os contos. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

 

A protagonista do conto de Clarice Lispector chama-se Mocinha. Na narrativa, esse nome contrasta com a

a) emoção sentida pela anciã.

b) situação econômica da idosa.

c) educação recebida pela mulher.

d) sujeira das vestes da senhora.

e) idade avançada da personagem.

 

Questão 5

No conto “Missa do galo”, Nogueira, um estudante, está hospedado na residência de um casal. Na noite de Natal, o dono da casa estava ausente e Nogueira tinha combinado com um vizinho de irem juntos à missa que se celebrava tradicionalmente à meia-noite. Enquanto aguardava o horário de sair, distraía-se com a leitura de um romance de aventura e “os minutos voavam, ao contrário do que costumam fazer”. Às onze horas, Conceição, a dona da casa, “entrou na sala, arrastando as chinelinhas da alcova. Vestia um roupão branco, mal apanhado na cintura. Leia os parágrafos finais do conto:

Concordei, para dizer alguma cousa, para sair da espécie de sono magnético, ou o que quer que era que me tolhia a língua e os sentidos. Queria e não queria acabar a conversação; fazia esforço para arredar os olhos dela, e arredava-os por um sentimento de respeito; mas a ideia de parecer que era aborrecimento, quando não era, levava-me os olhos outra vez para Conceição. A conversa ia morrendo. Na rua, o silêncio era completo.

Chegamos a ficar por algum tempo, – não posso dizer quanto, – inteiramente calados [...].

Subitamente, ouvi uma pancada na janela, do lado de fora, e uma voz que bradava: “Missa do galo! Missa do galo!”

– Aí está o companheiro, disse ela levantando-se. Tem graça; você é que ficou de ir acordá-lo, ele é que vem acordar você. Vá, que hão de ser horas; adeus [...].

E com o mesmo balanço do corpo, Conceição enfiou pelo corredor dentro, pisando mansinho. Saí à rua e achei o vizinho que esperava. Guiamos dali para a igreja. Durante a missa, a figura de Conceição interpôs-se mais de uma vez, entre mim e o padre; fique isto à conta dos meus dezessete anos. Na manhã seguinte, ao almoço falei da missa do galo e da gente que estava na igreja sem excitar a curiosidade de Conceição. Durante o dia, achei-a como sempre, natural, benigna, sem nada que fizesse lembrar a conversação da véspera.

MACHADO DE ASSIS, Joaquim Maria. 50 Contos de Machado de Assis. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

 

O protagonista do conto Missa do galo, de Machado de Assis, sente o tempo passar mais devagar do que realmente passa. De acordo com o fragmento, isso ocorre porque ele

a) encontra-se confuso, segundo o trecho: “não posso dizer quanto”.

b) tem grande interesse em Conceição, como se nota em: “fazia esforço para arredar os olhos dela”.

c) sente sua atenção dividida, o que é possível perceber em: “a figura de Conceição interpôs-se mais de uma vez, entre mim e o padre”.

d) anseia pela chegada da Missa do Galo, como fica claro em: “ouvi uma pancada na janela, do lado de fora, e uma voz que bradava: ‘Missa do galo! Missa do galo!’”

e) teme a opinião de Conceição a seu respeito, conforme o trecho: “fazia esforço para arredar os

olhos dela, e arredava-os por um sentimento de respeito”.

 

Questão 6

Leia o texto a seguir.

Da gramática às receitas da vovó

Depois de estudar a gramática normativa na escola, eu cresci. Como jornalista e escritor, comecei a desconfiar que língua é um troço muito maior do que qualquer compêndio de regrinhas.

Se pensarmos bem, nada é mais óbvio do que isso. Por mais que a gente valorize, digamos, o caderno de receitas herdado de uma avó que cozinhava divinamente, ninguém é maluco de dizer que naquelas páginas estão contidos todos os sabores e saberes sobre culinária, nutrição, agricultura, engenharia de alimentos e história social da comida [...].

Composto por gramáticas tradicionais e suas versões diluídas – dos manuais voltados para concursos públicos às “páginas de português” que pululam na internet –, todo o aparato normativo é comparável a esse caderno.

Diz respeito a uma fatia única, embora importante, do universo linguístico: a norma-padrão ou culta, que vem a ser esta em que escrevo e cujo domínio é socialmente recompensado. A culinária da vovó, que aliás era nascida em Lisboa – não sei se já mencionei isso.

RODRIGUES, Sérgio. Disponível em: www1.folha.uol.com.br/colunas/sergio-rodrigues/2024/06/da-gramatica-as-receitas-da-vovo.shtml.

Acesso em: 3 dez. 2024.

 

De acordo com o autor, a norma-padrão da língua deve ser considerada uma

a) convenção empregada por jornalistas.

b) evidência de conhecimento linguístico.

c) variedade do uso da língua, entre outras.

d) versão superada da língua falada no Brasil.

e) ramificação do português falado em Portugal.

 

Questão 7

Leia o texto a seguir.

Pacientes com menor massa muscular têm maior risco de desenvolvimento de demência

Os resultados de uma nova pesquisa mostram que pacientes com uma menor massa muscular esquelética estão mais sujeitos ao desenvolvimento de demências [...].

A correlação entre a perda de massa muscular e o desenvolvimento de demências é patente e conhecida pelos pesquisadores há algum tempo. Em particular, pacientes de doenças como o Alzheimer apresentam uma perda acentuada de músculos esqueléticos porque tendem a ficarem mais reclusos e a realizarem menos atividade física.

Mas agora os especialistas estão olhando o problema na ordem inversa, isto é, para os casos que a redução do volume de músculos precede os casos de neurodegeneração [...].

Gustavo Christofoletti, pesquisador do Instituto Integrado de Saúde da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, explica que o exercício físico resistido estimula a produção de uma série de proteínas com função protetora para o cérebro. São fatores que geram uma reserva cognitiva positiva.

Outra hipótese levantada é de que a inflamação sistêmica que levaria tanto à demência quanto à menor capacidade dessas pessoas de desenvolver massa muscular e, eventualmente à sarcopenia. Isto é, essas duas condições compartilhariam causas comuns e teriam, portanto, uma correlação indireta.

MORAES, Acácio. Disponível em: www1.folha.uol.com.br/equilibrio/2024/12/estudo-mostra-correlacao-entre-perdade-musculo-e-maior-risco-de-demencia.shtml. Acesso em: 3 dez. 2024.

 

Uma oração que se liga a outra, por meio de conjunção coordenativa, para expressar uma conclusão está na alternativa:

a) “e conhecida pelos pesquisadores há algum tempo”.

b) “porque tendem a ficarem mais reclusos e a realizarem menos atividade física”.

c) “Mas agora os especialistas estão olhando o problema na ordem inversa”.

d) “isto é, para os casos que a redução do volume de músculos precede os casos de eurodegeneração”.

e) “teriam, portanto, uma correlação indireta”.

 

Questão 8

Leia o texto a seguir.

Ele gostava de viver. Não tinha medo de nada. Com ele tudo era possível.

Tinha uma carrinha Bedford, branca, na qual transportava os materiais da eletricidade; cabos, tubos, maquinaria. Na altura, só quem morava no mato é que tinha jipe.

Quando decidia que íamos passear – e decidia-o muitas vezes, a minha mãe tremia. Era certo que o passeio ia acabar conosco perdidos ou acidentados num qualquer fim de mundo, tendo de procurar, a pé, cantinas ou palhotas para pedir ajuda. Enterrávamo-nos ou o carro gripava ao atravessar um riacho ou embatia numa pedra ou num buraco fundo e partia-se o eixo ou acabava-se a gasolina... Eu e a minha mãe dizíamos-lhe “não passa!”. E ele, “vocês vão ver!”. E víamos! Daquele sítio em concreto víamos horas de paisagem! Terra, areia, lama. Folhas e casca de bananeira ou palmeira para entalar debaixo das rodas, “e agora vou ver se pega”. Seguia-se o “agora, chovar, tudo a chovar”. Tudo era eu e a minha mãe, com ele à direção.

FIGUEIREDO, Isabela. Caderno de memórias coloniais. São Paulo: Todavia, 2018.

 

Vocabulário

Carrinha: veículo automóvel de tamanho médio.

Palhotas: pequenas cabanas ou casas rústicas.

Gripava: parar de funcionar devido a um problema mecânico.

Chovar: empurrar ou fazer força.

 

Um exemplo de oração substantiva com valor de objeto direto está na alternativa

a) “decidia que íamos passear”.

b) “ele gostava de viver”.

c) “Tudo era eu e minha mãe”.

d) “Daquele sítio em concreto víamos horas de paisagem!”.

e) “Com ele tudo era possível.”

 

Questão 9

Leia o texto a seguir.

Foi pena o professor não ter chegado a ver aquilo em que quatro anos depois inesperadamente eu me tornaria: aos treze anos, de mãos limpas, banho tomado, toda composta e bonitinha, ele me teria visto como um cromo de Natal à varanda de um sobrado. Mas, em vez dele, passara embaixo um ex-amiguinho meu, gritara alto o meu nome, sem perceber que eu já não era mais um moleque e sim uma jovem digna cujo nome não pode mais ser berrado pelas calçadas de uma cidade. “Que é?”, indaguei do intruso com a maior frieza. Recebi então como resposta gritada a notícia de que o professor morrera naquela madrugada. E branca, de olhos muito abertos, eu olhara a rua vertiginosa a meus pés. Minha compostura quebrada como a de uma boneca partida.

LISPECTOR, Clarice. Todos os contos. Rio de Janeiro: Rocco, 2016.

 

Nesse texto, o pronome relativo “cujo”, em destaque, exerce papel anafórico, retomando o termo

a) “um ex-amiguinho”.

b) “o meu nome”.

c) “eu”.

d) “um moleque”.

e) “uma jovem digna”.

 

Questão 10

Leia o texto a seguir.

O nosso primeiro Natal de família, depois da morte de meu pai acontecida cinco meses antes, foi de consequências decisivas para a felicidade familiar. Nós sempre fôramos familiarmente felizes, [...] mas, devido principalmente à natureza cinzenta de meu pai, ser desprovido de qualquer lirismo, de uma exemplaridade incapaz, acolchoado no medíocre, sempre nos faltara aquele aproveitamento da vida, aquele gosto pelas felicidades materiais, um vinho bom, uma estação de águas, aquisição de geladeira, coisas assim. [...]

Morreu meu pai, sentimos muito, etc. Quando chegamos nas proximidades do Natal, eu já estava que não podia mais pra afastar aquela memória obstruente do morto, que parecia ter sistematizado pra sempre a obrigação de uma lembrança dolorosa em cada almoço, em cada gesto mínimo da família. Uma vez que eu sugerira à mamãe a ideia dela ir ver uma fita no cinema, o que resultou foram lágrimas. Onde se viu ir ao cinema, de luto pesado! A dor já estava sendo cultivada pelas aparências, e eu, que sempre gostara apenas regularmente de meu pai, mais por instinto de filho que por espontaneidade de amor, me via a ponto de aborrecer o bom do morto.

ANDRADE, Mário. Contos novos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2011.

 

A oração adjetiva em destaque no texto tem a função de

a) informar a causa da ação mencionada antes.

b) definir o momento em que ocorreu uma ação.

c) especificar o morto a que se refere o enunciado.

d) introduzir uma atitude que contradiz a ação anterior.

e) explicar como o autoritarismo do pai afeta o presente.

 

Questão 11

Leia o texto a seguir.

Carta aberta sobre ocorrência de óleo no nordeste brasileiro

Vimos por meio desta manifestar profunda preocupação e repúdio sobre a grave situação do derrame de petróleo que há mais de quarenta dias atinge e assola as praias do nordeste brasileiro. Esse desastre vem causando um rastro de destruição que tem comprometido de forma substancial a saúde dos ecossistemas marinhos e comunidades locais, inclusive de espécies ameaçadas de extinção, povos e comunidades tradicionais do litoral e ambientes icônicos do litoral brasileiro.

Além de grande impacto socioambiental, o derramamento de óleo já causa enormes impactos econômicos, tendo em vista a importante rota de turismo atingida, que fomenta a economia nacional. O nordeste brasileiro é reconhecido mundialmente por suas belezas naturais, proporcionadas especialmente pelas belas praias e recifes de coral que possui [...].

O Brasil é detentor dos mais relevantes ambientes recifais do Atlântico Sul, o que lhe confere ainda a responsabilidade de conservar esses ecossistemas que ocorrem exatamente na região Nordeste do país [...]. Ressaltamos ainda que a nossa Constituição Federal de 1988 define a Zona Costeira como “patrimônio nacional”, assim, o que ocorre ao longo de todo o litoral e costa brasileira, é de responsabilidade do governo e de toda a sociedade.

Disponível em: www.alternativaterrazul.org.br/publicacoes/carta-aberta-oleo-no-nordeste/. Acesso em: 5 dez. 2024.

 

O texto se apresenta ao leitor como uma carta aberta. Uma característica que o autoriza a reivindicar esse título é a

a) defesa de uma pauta coletiva.

b) utilização do discurso jurídico.

c) formalidade na exposição de dados.

d) presença de interesses econômicos.

e) pretensão à visibilidade internacional.

 

Questão 12

Leia o tutorial a seguir.

Tutorial para Gravação de Vídeo

PASSO 1: Preparar o Conteúdo para Filmar

Elabore alguns pontos importantes ou um script ou uma pauta resumindo os principais itens a serem incluídos no seu vídeo [...].

PASSO 2: Selecione um Local Adequado

Para saber o local ideal para gravar seus vídeos, considere em primeiro lugar o que você vai transmitir. A mensagem precisa ter conexão com o ambiente [...].

PASSO 3: O enquadramento do Smartphone

Enquadrar bem as cenas do seu vídeo é bem importante para fazer uma gravação de maneira profissional. Se o seu vídeo mistura vários takes ou é mais artístico, vale a pena estudar alguns ângulos ou até mesmo desenhar no papel antes de começar a gravar [...].

PASSO 4: Acione o modo “avião”

Lembre-se sempre de colocar seu celular no modo “avião”. Esta função que foi criada para desabilitar conexões e manter a segurança de voos, é uma excelente aliada para evitar chamadas ou interrupções durante a filmagem.

Disponível em: www.uesc.br/ppgecm/arquivos-2024/tutorial-gravacao-video.pdf. Acesso em: 5 dez. 2024.

 

Esse tutorial foi elaborado por uma universidade pública a fim de ensinar sua comunidade a gravar vídeos com conteúdo acadêmico. Para orientar seus leitores acerca do que fazer, o texto

a) conjuga verbos no imperativo.

b) emprega um vocabulário técnico.

c) privilegia o uso de termos coloquiais.

d) simula situações possíveis de gravação.

e) estrutura os passos como uma narrativa.

 

Questão 13

Leia o texto a seguir.

A internet do bem

Para quem não se incomoda em ler em dispositivos eletrônicos, já é possível passar o equivalente a várias vidas se deleitando com o que de melhor a humanidade produziu sem gastar nada. Estão disponíveis na rede, ao alcance de um click, dezenas de milhares de obras que já caíram em domínio público.

E não são obras quaisquer; são justamente aquelas que sobreviveram ao teste do tempo e tornaram-se clássicos [...]. É verdade que algumas edições eletrônicas deixam a desejar, mas esse transtorno é mais do que compensado por iniciativas como a Perseus Digital Library, que oferece aos classicistas muito mais do que qualquer mortal ousou sonhar.

Ali estão presentes gratuitamente quase todos os textos gregos e latinos relevantes, tanto no idioma original como em traduções inglesas. Tudo isso com ligação direta (basta clicar na palavra) com o Lidell-Scott-Jones e o Lewis & Short, que são respectivamente os melhores dicionários de grego e latim disponíveis numa língua moderna acessível como é o inglês.

Em tempos em que tanto se impreca contra algoritmos, redes sociais e big techs, é importante mostrar a internet que funciona e tem caráter público.

SHWARTSMAN, Hélio. Disponível em: www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwartsman/2024/11/a-internet-do-bem.shtml. Acesso em: 5 dez. 2024.

 

Vocabulário

Classicistas: estudiosos da literatura, da história e da cultura da Grécia e da Roma antigas.

Impreca: verbo que significa amaldiçoar ou lançar maldições contra algo ou alguém.

Big techs: grandes empresas de tecnologia que têm uma influência significativa na economia e na sociedade.

 

Em sua coluna, Hélio Shwartsman opina que a internet pode ser usada para adquirir cultura. Para provar seu ponto de vista, o colunista faz uso de um

a) dado estatístico, citando o número exato de obras disponíveis sem custos na internet.

b) exemplo, mencionando sites que ofertam livros e dicionários de forma gratuita a usuários.

c) fato histórico, revelando quando se deu o aumento da presença de livros gratuitos na internet.

d) parecer de uma autoridade, recuperando o que especialistas pensam sobre livros disponíveis na internet.

e) raciocínio lógico, concluindo que o acesso a livros está relacionado ao costume com dispositivos eletrônicos.

 

Questão 14

Leia o texto a seguir.

Mais leitores para um futuro melhor

Menos brasileiros leem livros hoje, seja em suporte digital ou impresso, do que há cinco anos. É o que revela a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, do Instituto Pró-Livro, o mais amplo mapeamento sobre essa atividade no país, realizado desde 2007.

Pela primeira vez na série histórica, a taxa de não leitores superou a de leitores: 53% contra 47%. Em 2019, a parcela dos que costumam ler era de 52%.

Isso mesmo com o amplo critério para definir hábito de leitura. Quem leu parte de um livro nos últimos três meses, como um trecho da Bíblia, já entra na conta.

A queda absoluta entre as pessoas que afirmam ter o costume de ler, em um país no qual elas historicamente nunca vicejaram, impressiona: o Brasil perdeu mais de 11 milhões de leitores nos últimos nove anos [...].

O hábito da leitura não é panaceia, mas são consensuais seus benefícios para a cognição, a criatividade e a expressão de ideias.

Num país que precisa desenvolver sua economia, incrementar índices educacionais e cultivar um nível saudável de debate público, governos têm o dever de facilitar o acesso a livros e incentivar a leitura, principalmente na infância e adolescência.

Disponível em: www1.folha.uol.com.br/opiniao/2024/11/mais-leitores-para-um-futuro-melhor.shtml. Acesso em: 6 dez. 2024.

 

Vocabulário

Vicejar: crescer ou prosperar de maneira saudável e notável.

Panaceia: remédio universal para todos os problemas ou dificuldades.

Cognição: processo mental de adquirir conhecimento e compreensão por meio do pensamento, da experiência e dos sentidos.

Incrementar: aumentar ou melhorar algo.

 

O editorial da Folha de S.Paulo sobre a leitura no Brasil defende a opinião de que a

a) leitura de textos religiosos é capaz de estimular o hábito da leitura.

b) prática da leitura pode beneficiar o país por seu efeito nos cidadãos.

c) esfera pública é omissa diante da queda no número de leitores no país.

d) camada jovem do país é a mais atingida pela queda nos índices de leitura.

e) queda do nível de leitura do país está associada a crises econômicas e educacionais.


Questão 1

Match the idioms in bold to their meaning. 

1. You’ve practiced so hard for the show; break a leg out there!

2. I only eat dessert once in a blue moon, so it feels special when I do.

3. I’m exhausted after that long day; I’m going to hit the sack early tonight.

4. The old tree in my backyard finally kicked the bucket after all those storms.

5. I passed the exam by the skin of my teeth; I really thought I was going to fail!

 

( ) barely made it.

( ) to die

( ) Good luck!

( ) Rarely.

( ) Go to bed.

 

Check the correct answer.

a) 1, 2, 3, 4, 5

b) 2, 4, 5, 1, 3

c) 5, 1, 2, 4, 3

d) 5, 4, 3, 2, 1

e) 5, 4, 1, 2, 3

 

Questão 2

What to avoid when buying dog food:

• Does it contain palm oil? At its most unsustainable, palm oil is linked to massive deforestation and serious human rights violations. Look for brands that source palm oil sustainably or avoid it completely.

• Is it packaged in plastic or individual pouches which aren’t recyclable? Avoid single use plastic or non-recyclable packaging, which is highly polluting.

• Is the meat or fish used low welfare? Industrial animal farming is bad for animals, communities and workers, and the environment.

Disponível em: www.ethicalconsumer.org/food-drink/shopping-guide/ethical-dog-food. Acesso em: 27 set. 2024.

 

Choose the alternative that corresponds to the text:

a) We should prefer plastic packaging.

b) We should prioritize buying brands that use palm oil when purchasing dog food.

c) We should prioritize buying non-recyclable individual packages.

d) We should avoid plastic and non-recyclable packaging when buying dog food.

e) Dog food made from industrial livestock farming is perfect for animals, communities, workers, and the environment.

 

Questão 3

Read the following paragraph.

In contemporary society, advertising and social media significantly influence consumer behavior and shape shopping habits. Advertisements use persuasive techniques, like emotional appeal and scarcity, to create a desire for products. Influencers and targeted ads on social media encourage users to buy specific items, often based on lifestyle aspirations or trends. This targeted approach uses user data to display products that match individual interests, leading consumers to make impulsive purchases. Over time, these strategies create habitual shopping behaviors, where consumers regularly turn to social media and online platforms for recommendations, making shopping an integrated part of their digital experience.

 

How does advertising on social media affect consumer shopping habits over time?

a) Consumers start to make fewer purchases.

b) They stop relying on digital platforms.

c) It encourages sporadic buying rather than regular shopping.

d) It creates a habit of looking to social media for product recommendations.

e) It discourages users from buying recommended items.

 

Questão 4

Read the following paragraph.

People have been increasingly considering the impact of their purchases on the environment. As awareness of sustainability grows, many consumers have been choosing products that are ethically sourced and produced with minimal environmental damage. Companies have also been responding to this trend by adopting eco-friendly practices and certifications to meet the demand for responsible consumption.

 

Why is the present perfect continuous tense used in the phrase “have been increasingly considering”?

a) To show that the action started and finished in the past.

b) To emphasize an action that happened once in the past.

c) To highlight an ongoing action that started in the past and continues up to now.

d) To describe a future action that has not happened yet.

e) To indicate a completed action with no link to the present.

AVALIAÇÃO BIMESTRAL 2 - 6º ANO 2025

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