No
Brasil, o escritor José de Alencar foi o grande expoente romântico; e Lulu
Santos é considerado oficialmente “o último romântico”. Nos dois casos, estamos
falando do mesmo romance?
Durante
muito tempo, eu achava que romance era só uma história de paixão, uma aventura
sentimental, um caso de amor, até a professora [...] dizer que romance é uma
história, uma prosa onde são narrados fatos imaginários quaisquer. De repente,
fez todo o sentido ‘1984’ de George Orwell (1949) ser chamado de romance. A
história é ótima, mas não tem nada de amor lá.
Romance
só tem a ver com amor se amor for lido ao contrário. Romance vem de Roma! Na
Antiguidade, o Império Romano espalhou o latim pela Europa. Latim era a língua
oficial de Roma (lingua romanica). A
mistura do latim com a língua original das regiões conquistadas originou uma
terceira língua, o romance (ou romanço), romanice,
em latim tardio.
Na
Idade Média, enquanto a literatura medieval era escrita em latim, os contos
populares eram escritos na língua do povão, em romance. Com o tempo, essas
histórias passaram a ser chamadas simplesmente de romance. Os chamados romances
de cavalaria eram a típica narração em que um cavaleiro sai pelo mundo
enfrentando perigos e salvando donzelas.
A
partir do século XVIII, muitos escritores passaram a se interessar mais na
fantasia do que na racionalidade. Os faz de conta fantásticos inspiraram um
movimento artístico e intelectual conhecido por Romantismo, onde a imaginação
sobressaía sobre a objetividade e o sentimento era mais importante que a razão.
Como a maioria dessas histórias envolviam casos de amor, acostumamo-nos a
associar romance com casos amorosos. Assim, o adjetivo romântico pode se
referir à língua, à prosa, ao Romantismo ou aos sujeitos mais sentimentais,
sensíveis, apaixonados.
ADAPTADO
DE: https://www.facebook.com/NomesCientificos/posts/o-que-romance-tem-a-ver-com-romanesta-quarentena-segui-os-conselhos-de-humberto-/1596186153865224/
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